Os resultados da gestão estadual começam a ser revelados pelas estatísticas e pelas apurações de resultados que são feitos pelos institutos especializados e que revelam questões que a administração faz todo esforço para manter sob sigilo.
Um governo que não se preocupa ou não se ocupa o suficiente para atender às necessidades da saúde do povo precisa ser encerrado e esquecido, muito embora as consequências precisem ser enfrentadas pelos sucessores no sentido de atender às primeiras necessidades.
Ninguém discute mais o caos na saúde pública estadual, com seus problemas permanentes que vão desde a lotação dos corredores das casas de saúde com pacientes, até a falta recorrente de medicamentos e materiais, próprios das unidades de saúde estaduais, aumentando as dificuldades e as filas, inclusive para marcar consultas.
O Amapá andou para trás de 2015 para 2016, segundo as estatísticas de um dos mais cruéis índices apurados no sistema de saúde: a mortalidade infantil.
A taxa de mortalidade infantil, segundos os métodos adotados pela Organização Mundial de Saúde, é obtida por meio do número de crianças de um determinado local, podendo ser uma cidade, um estado, uma região, um país ou um continente, que morrem antes de completar um ano, a cada mil nascidos vivos.
Na lista de todos os países do mundo, o Brasil está entre os 100 primeiros. Na lista entre as 27 unidades da Federação, 26 estados e o Distrito Federal, o Amapá está em primeiro lugar na mortalidade infantil, com um índice de 23,2 mortes de recém-nascidos em cada grupo de mil. É o maior índice do Brasil, retrato do pior resultado nacional.
E o Amapá, em 2015, ficava à frente de, pelo menos 8 estados, com um índice de 22,5 e com tendência de queda. A apuração de 2016 é que demonstrou essa aberração, que noticiada a conta-gotas e sem comparação, vai iludindo a população que, só agora, tem oportunidade de conhecer a realidade depois das publicações nacionais que trazem a comparação.
Para que possamos estabelecer essa comparação, vale analisar os números da Região Norte com um índice de 18,1 e do Brasil com um índice de 13,3. O melhor índice no Brasil é do Estado do Espírito Santo, com índice 8. Isso significa dizer que para cada óbito de bebê capixaba, temos 3 óbitos de bebês amapaenses. Um absurdo!
A verdade é que nem dos inocentes o atual governo cuida, mas diz que “cuida da nossa gente”.
Uma cruel mentira e um imerecido tratamento para a população!