Estamos a menos de 100 (cem) dias das eleições de 2018. A movimentação dos partidos, mostrando os seus pré-candidatos aos seus convencionais, de forma direta, e aos eleitores de forma indireta, informa que nem tudo está parado esperando a Copa do Mundo passar.
O eleitor está recebendo a informação, pela imprensa, de que tudo, ou pelo menos alguma coisa, precisa de mudanças radicais no modo de representar a população ou dirigir os interesses desse povo que é “bombardeado” todos os dias, com reclamações de serviços mal prestados ou direcionamento de favorecimentos.
As oportunidades do eleitor são amplas. A eleição vai oferecer ao eleitor oportunidade para mudar os deputados da Assembleia Legislativa, da Câmara Federal, dois dos senadores, o governador do Estado e o presidente da República.
Desta feita a eleição não se resume ao simples ato de votar, uma vez que os eleitores precisam estar bem informados para exercer a obrigação de bem escolher, conforme as informações que dispõem e que estão disponíveis na Internet, nos órgãos de controle e principalmente nas anotações que precisa começar a fazer se ainda não está fazendo.
Os deputados estaduais são representantes do povo na Assembleia Legislativa, eleitos pelo sistema proporcional aberto, através do voto direto e secreto para uma legislatura de quatro anos. Então, a responsabilidade do eleitor é total pelo resultado. De pouco adianta querer um resultado se não fez nada para alcançá-lo.
Por isso é importante procurar saber o que fez, como fez e para que fez, aquele deputado que se elegeu em 2014. Se, por qualquer razão, ainda não votava no Amapá naquele ano, então que procure se informar sobre o histórico de todos os que se apresentarão como candidato. O mesmo raciocínio vale para os oito deputados federais que serão escolhidos e eleitos pelo eleitor amapaense.
Para o senado serão escolhidos dois nomes. É um dos cargos mais desejados pelos políticos e pelos partidos. Até agora, aqui no Estado, já foram apresentados aos eleitores, pelos seus respectivos partidos, pelo menos 14 (quatorze) pré-candidatos que só esperam a confirmação nas convenções para pedirem o registro das candidaturas.
O eleitor do Estado do Amapá, como dos outros estados brasileiros, elegem três senadores que têm o seu mandato encerrado a cada oito anos. Como a renovação no Senado é parcial, a cada quatro anos e alternativamente, se elege um ou dois senadores. Neste ano de 2018 serão eleitos dois senadores.
O cargo de governador é exercido por aquele que o eleitor escolhe a cada quatro anos. Apenas o primeiro mandato depois da Constituição de 88 não permitia uma reeleição. Desde o segundo mandato, depois da CF88, que a reeleição é permitida. A justificativa que prevaleceu foi referente ao tempo curto para um governador realizar o plano de governo aprovado nas urnas.
O governador atual está completando o seu terceiro mandato, portanto superada está a expectativa de cumprimento de um plano de governo, mesmo assim dá indicações de que está disposto a disputar o quarto mandato, mesmo não tendo cumprido o plano que prometeu durante a última campanha.
São pontos que o eleitor precisa estar ciente para poder fazer a sua escolha livre e responsável.
Desta vez não basta o voto ser apenas uno, secreto e livre, precisa ser também responsável para justificar à população pela demora ou incapacidade de resolver os problemas comuns que desafiam a paciência de todos.