Com 23,2 mortes para cada grupo de mil crianças nascidas no Amapá, o Estado ocupa o indesejado 1.º lugar. Na região Norte o índice é 18,1 e considerando todo o País 13,3
A taxa de mortalidade infantil é obtida por meio do número de crianças de um determinado local (cidade, região, país, continente) que morrem antes de completar 1 ano, a cada mil nascidas vivas.
Esse dado é um aspecto de fundamental importância para avaliar a qualidade de vida, pois, por meio dele, é possível obter informações sobre a eficácia dos serviços públicos, tais como: saneamento básico, sistema de saúde, disponibilidade de remédios e vacinas, acompanhamento médico, educação, maternidade, alimentação adequada, entre outros.
Esse é um problema social que ocorre em escala global, no entanto, as regiões pobres são as mais atingidas pela mortalidade infantil.
Entre os principais motivos estão: a falta de assistência e de orientação às grávidas, a deficiência na assistência hospitalar aos recém-nascidos, a ausência de saneamento básico (desencadeando a contaminação de alimentos e de água, resultando em outras doenças) e desnutrição.
As menores taxas de mortalidade infantil são dos países desenvolvidos – Finlândia, Islândia, Japão, Noruega e Suécia (3 mortes a cada mil nascidos). As piores médias são dos países pobres, especialmente das nações africanas e asiáticas. O Afeganistão apresenta a incrível média de 154 óbitos por mil nascidos vivos.
No Brasil, assim como na maioria dos outros países, essa taxa está reduzindo a cada ano. Conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a mortalidade infantil no Brasil segue em declínio.
Em uma década (1998 – 2010) passou de 33,5 crianças mortas por mil nascidas vivas para 22.
O Estado do Amapá está na contramão da tendência nacional. Depois de quedas sucessivas até 2015, quando alcançou o índice de 22,5 crianças mortas por mil nascidas vivas, passou em 2016, segundo o IBGE, para o indesejável primeiro lugar no quesito, subindo o índice para 23,2, o maior do Brasil.
Por um longo período grande parte das mortes era causada por doenças infectocontagiosas e problemas durante a gravidez, parto e nascimento, porém com o passar dos tempos e onde houve melhorias na infraestrutura do sistema de saúde e das habitações brasileiras, como nas condições ambientais e nutricionais da população.
Atualmente a maior parte dos óbitos são resultados da precária infraestrutura pública e de assistência às mulheres durante a gravidez.