É o segundo nome importante que sai aborrecido do grupo que foi montado para disputar a reeleição ao cargo de governador do Amapá.
O presidente do MDB no Amapá acaba de romper com os aliados que constituem o arco de aliança partidária que resultou na coligação “com a força do povo por mais conquistas”, que tem o atual governador Waldez Góes como candidato à reeleição e Jaime Nunes como candidato a vice.
Antes já havia tomado iniciativa idêntica o ex-vice-governador, João Bosco Papaleo Paes, do PSD, que preferiu renunciar a continuar como substituto eventual do governador até o final deste ano. Saiu denunciando, explicitamente, um dos secretários de Estado, o da Receita, expondo as vísceras do governo.
Agora foi um dos mais antigos aliados do grupo que elegeu Waldez Góes por três vezes governador do Amapá. Gilvan Borges saiu dizendo que se desassociava dos “mequetrefes e do arco de aliança liderado por Waldez Góes”.
Em um documento que chamou de “manifesto político do candidato Gilvan Borges”, o ex-aliado fala para amigos e amigas, em quatro páginas, afirmando que dedicou “20 anos e sua lealdade ao PDT de Waldez Góes”, honrando a palavra desde a primeira aliança, quando do segundo turno da eleição para o governo em 1998.
Gilvan Borges reclama de um episódio em 2002, quando foi feito um acordo para o Senado, “mas ao invés de apoiar, o PDT nos atacou”. Assim foi em 2004, em 2006, quando a vitória foi espetacular e no primeiro turno, graças ao apoio do então PMDB à candidatura de Waldez pelo PDT.
Em 2010, mesmo com dificuldades em decorrência das consequências da Operação Mãos Limpas, deflagrada pela Polícia Federal em 10 de setembro daquele ano, houve o descolamento do candidato Randolfe Rodrigues e a disputa da segunda vaga para o Senado ficou entre Gilvan Borges e João Capiberibe. “O PDT promoveu ataque feroz na reta final da campanha, espalhando mentira de que eu e o presidente Sarney tínhamos armado para tirar Waldez da disputa”.
Em 2016 reclama o ex-senador que o PDT fez de conta que apoiava a “nossa campanha para prefeito”, mas veio de “freio de mão puxado” e houve a derrota.
Diz Gilvan Borges que “agora em 2018, mais uma vez, somos vítima daqueles que sempre tiveram o nosso companheirismo” e “mesmo sabendo da inviabilidade o PDT colocou cinco candidatos ao senado, no mesmo grupo”.
O final promete que, no dia 8 de outubro, um dia depois do primeiro turno de votação, às 10 horas da manhã, na sede do MDB, “vamos anunciar oficialmente quem terá nosso apoio no segundo turno da eleição para o governo”.