De agora em diante os eleitores precisam estar atentos a tudo o que diz respeito ao seu compromisso do dia 7 de outubro.
Sabem que esse é um momento delicado quando pessoas lhes assediarão com propostas que passam longe do processo democrático e que demonstram falta de preparo para estar disputando um pleito eleitoral.
Os modos de aproximação são os mais diversos, desde o assédio pessoal até às mensagens inverídicas expressadas durante os programas do horário eleitoral gratuito, de responsabilidade dos partidos políticos, veiculados pelo rádio e pela televisão.
Você tem percebido candidatos fazendo o que jamais fizeram, dançando, pulando, desafiando a sua própria condição física, muito embora alguns deles tenham idade para ser pai de mais da metade do eleitorado amapaense.
Mas essas estripulias de candidatos também podem ser notadas, vendo e ouvindo através das redes sociais e dos demais meios de comunicação, especialmente durante os programas eleitorais, que deixaram de ser um instrumento informativo e passaram a ser considerados como oportunidade para contar mentira ou desenvolver propostas que não lhes cabe ou, quando lhes cabe, é completamente inviável.
Não é raro, aliás – é bastante comum – durante os programas de exibição obrigatória pelo rádio e pela televisão, candidatos aparecerem fazendo promessas que jamais cumprirão pelo simples fato de não lhes caber tomar qualquer medida para cumprir a proposta que apresentam com veemência costumeira dos que mentem.
Um exemplo é o caso da energia elétrica. Os que estão dizendo que vão baixar a tarifa da energia mentem descaradamente e conscientemente, pois sabem bem eles que este assunto não é para uma pessoa, ou para um governante ou parlamentar. É um assunto nacional, muito distante das atribuições de qualquer um dos afobados promesseiros.
A mesma coisa se pode dizer das propostas do candidato à reeleição que está anunciando ações que implicam em gastos do governo. Assunto que depende de disponibilidade de dinheiro e autorização da Assembleia Legislativa, mesmo sabendo que não dispõe de recurso, sequer para pagar, de uma só vez, o salário dos funcionários do Estado.
Mesmo assim segue prometendo gastos que não pode prometer pelo fato de não ter tido a capacidade de gerenciar, eficazmente, um orçamento público que está beirando o montante de 6 bilhões de reais.
A população do Estado precisa que o próximo governante organize os seus gastos, gerencie os seus projetos, garanta programas sustentáveis dentro da matriz econômica, ative estruturas que precisem de novos postos de trabalho, atue no desenvolvimento tecnológico, garanta melhoria na qualidade de ensino, na prestação do serviço de saúde, entre tantas outras obrigações próprias do Estado.
O candidato à reeleição prefere dançar, pular, mostrar que está muito feliz esquecendo, completamente, das condições do serviço de educação, que não avança na escala de avaliação do Ministério, dos serviços de saúde pública que padecem com o enfraquecimento sistemático do processo no Amapá, além de saber que a população vive um momento de insegurança devido aos assassinatos e outros crimes que estão no cotidiano das pessoas, mas que repudiam essa situação.
Ele não trata disso, como não diz o que vai fazer para resolver o problema das estatais como Cea, Caesa e Gasap. Problemas reais do Estado e que não são tratados pelo candidato à reeleição.