A menos de duas semanas do dia da eleição e o que se observa em todo o Estado do Amapá é o eleitor disposto à mudança, querendo a mudança e com uma esperança muito grande em novos tempos.
É uma questão natural. Afinal de contas os tempos atuais permitem que haja oportunidade para um melhor conhecimento de cada um e de todos. As redes sociais estão contribuindo para que os detalhes passem a ser conhecidos e que as próprias pessoas tenham mais dificuldades para esconder os seus defeitos.
Esta eleição, para os amapaenses, representa a transição entre períodos, a exemplo da que houve na mudança do janarismo para o barcelismo. Agora uma nova oportunidade se apresenta para a população que se descobre com uma série de problemas que poderiam ter sido resolvidos nos últimos vinte anos. Uma porção de erros cometidos por descuido ou mesmo incompetência daqueles que, durante todo esse período tiveram a incumbência de tomar as medidas necessárias e resolver os problemas que se repetem e se agigantam.
Desta feita o eleitor tem a oportunidade de alterar esse rumo, começar a contar com pessoas dispostas a enfrentar e vencer os problemas mais e menos urgentes, além de demonstrar que têm interesse que não aqueles pessoais, mas sim interesse em devolver ao povo do Amapá a qualidade de vida que já contou noutros tempos.
O troca-troca, sob qualquer aspecto, foi nocivo não apenas para a população, e serviu para enricar uma meia dúzia de pessoas que compõe o quadro restrito de favorecidos e que, na consecução de suas responsabilidades não conseguiram melhorar nem mesmo as mais urgentes necessidades da população.
Pontuar problemas é mostrar os exemplos que todos sabem. Como também sabem que esses problemas e erros estão na estrutura carcomida, produto do costume e vista curta, própria de quem cansou pelas lutas perdidas ou chateou-se pela falta de competência daqueles que não resolveram os problemas que prometeram.
O eleitor não pode perder a oportunidade que lhe é oferecida, muito embora haja no meio disso tudo uma vontade desesperada para que nada mude, ou então retorne ao tempo que já passou e que dele quer se livrar.
A competição trabalhada pelos dois lados (o amarelo e o azul) só serviu para eles mesmos e deixou o povo sem os resultados, sem os serviços de qualidade e vivendo de esperanças no que é pregado por um lado e pelo outro.
Já percebeu que os dois combinam bem? Quando um está no poder, faz propaganda do outro, e mudam de ação, quando mudam de posição. É como se só eles existissem. O tempo, entretanto, se encarregou de mostrar os grandes e perigosos defeitos de cada qual.