Os eleitores amapaenses escolheram, em 2018, uma bancada com mais idade para a Assembleia Legislativa. Comparando as eleições de 2018, 2014 e 2010, os deputados da próxima legislatura tem, em média, no momento da eleição 45,92 anos, maior que a de 2014, que tinha 44,83 anos e a de 2010, que tinha 43,92 anos. O deputado mais velho, Jaci Amanajás (MDB), eleito em 2018 tem 68 anos completos, enquanto que o deputado mais novo Vitor André (REDE), eleito em 2018, tem 32 anos completos.

REPRESENTATIVIDADE
Enquanto isso a representatividade, tendo como referência os votos válidos apurados nas respectivas eleições, vem caindo a cada eleição. Em 2010 os deputados eleitos somavam um percentual de 45,21% dos votos apurados como válidos. Em 2014 a representatividade caiu bruscamente para 36,76% e, em 2018, caiu mais ainda para 33,86%. Vale lembrar que o número de votos válidos vem variando e sofrendo influência externa: 2010 (343.137); em 2014 (393.168) e, em 2018 (381.945).

ELEITORES INDUZIDOS A ERRO
Os eleitores são induzidos a erro pelas indefinições dos organizadores das eleições. O número alto de votos nulos para deputados estaduais tem muito a ver com a manutenção no sistema da urna eletrônica de nomes que não poderiam ser votados e que o eleitor não tinha conhecimento. O número de votos nulos para deputado estadual superou àqueles apurados em outras eleições e chegou a 8,76%, o que corresponde a 37.337, e boa parte desse total está na lista de votos não computados.

DEPUTADO FEDERAL: BANCADA MAIS JOVEM
Com relação ao resultado da eleição para a Câmara Federal o eleitor remoçou a bancada que é a mais jovem das três últimas legislaturas, com 42 anos e 7 meses de média. O deputado federal mais novo é Acácio Favacho (PROS), com 35 anos de idade completados recentemente, no dia 28 de setembro. O deputado federal mais velho é uma deputada, Leda Sadala (AVANTE), com 52 anos completados no dia 11 de junho. Em 2014 a média de idade foi um pouco mais de 46 anos e, em 2010, 44 anos e 6 meses.

DÚVIDAS INJUSTIFICÁVEIS
O eleitor ainda está apreensivo com as incertezas geradas pelo próprio processo eleitoral que ainda precisa de ajustes urgentes para que não se repita, tão frequentemente, problemas que afetam o resultado da eleição e desiludem o eleitor. O que aconteceu em 2018 precisa ser analisado com extremo cuidado. O eleitor saiu de cena e entraram em cena os ministros dos tribunais superiores e advogados. Quem teve mais habilidade ou esperteza avançou, quem não teve ficou. Os eleitores observaram e lamentaram.

SEGUNDO TURNO
Às vésperas de começar a campanha oficial para o segundo turno não são poucos os intérpretes da lei e os executores do processo que estão em dúvida com relação aos concorrentes. Uma falha imperdoável do processo eleitoral deixou em suspense os dirigentes e militantes de três partidos diretamente (PT, PATRIOTA e PPS) com repercussão direta naqueles que com aqueles partidos estavam coligados. Podendo mudar ainda resultados: deputado estadual e governador.