Mesmo às vésperas da eleição para os cargos de Presidente da República e de Governador do Estado, não posso deixar de escrever sobre o simbolismo do dia de hoje, 25 de outubro – Dia do Engenheiro Civil, minha segunda formação profissional, uma vez que a profissão inicial foi da de Professor de Matemática.
Na decisão que tomei tive que escolher o rumo que daria a minha vida acadêmica. Sabia que, necessariamente implicaria na colocação, no catalogadas das dificuldades, o afastamento familiar e o desconhecido da metrópole estranha, mas que traria junto o sonho de ser um engenheiro civil em condições de servir a comunidade que me dera as condições iniciais e que implicavam em, de forma decisiva, responsabilidade socioprofissional.
Quando tomei decisão de fazer o vestibular para ingressar na Escola de Engenharia da Universidade Federal do Pará, tinha a convicção de que juntava os requisitos para vencer o desafio e avançar no objetivo. Era o ano de 1966, terminando o Curso Científico (assim denominado na época) na área de Ciências Exatas.
O vestibular no começo de janeiro de 1967 se transformou no grande objetivo a ser alcançado, para depois, durante o curso, vencer os cinco anos seriados, onde havia a possibilidade de, em não passando em uma matéria, repetir todas as matérias daquele ano.
Em 1971 terminei o Curso de Engenharia, no dia 17 de dezembro, e comecei minha vida profissional, primeiro como empresário da construção civil, depois funcionário público municipal, do município de Macapá, mais tarde funcionário federal, com exercício funcional em órgãos do Governo do Território Federal do Amapá.
Muitas das obras que hoje constituem o patrimônio do Estado do Amapá tiveram minha orientação técnica na sua construção, tanto na área civil, como na área do urbanismo (para onde ampliei meus conhecimentos) e de infraestrutura, além da engenharia naval.
Fui – e ainda sou -, um engenheiro de campo, quando atuei como profissional em empresas privadas, como responsável técnico, por exemplo, da empresa Leite Construções Ltda, quando, na qualidade de integrante de um consórcio, tive a oportunidade de ser o responsável civil pelas obras de construção da terceira turbina da Usina Coaracy Nunes.
Sinto-me honrado de poder ter servido aos amapaenses como engenheiro civil e, por isso, reverencio esse dia e saúdo todos os engenheiros civis que trabalham no Amapá, aplicando os seus conhecimentos e devolvendo para a população aquilo que teve a oportunidade de aprender.
Desde o ano 2000 os profissionais da área tecnológica comemoram a data de 25 de outubro como o Dia da Construção Civil. Por extensão, a partir de 2007 a data foi instituída como o Dia dos Profissionais da Construção Civil, sendo, mais recentemente, oficializada como o Dia do Engenheiro Civil.
Em virtude da polivalência de sua modalidade no âmbito das profissões da área tecnológica e da formação considerada uma das mais abrangentes do meio acadêmico, os engenheiros do setor em geral são associados às funções de comando dentro da cadeia produtiva da construção civil e, cartesianos ou não, não fazem outra coisa a não ser dar conta da missão para a qual foram historicamente designados pela sociedade.
Mas, também, é importante falar de eleição, pois, parece que essa intromissão eventual da Engenharia Civil, lembrando o seu dia, parece com vontade de alertar a importância desse conhecimento no ambiente de qualquer gestão, inclusive a pública.