Será o maior esquema de segurança em Brasília. Haverá no evento um total de 12 mil homens, como agentes da PF, da Polícia Militar do Distrito Federal.
Um forte esquema de segurança está sendo montado para evitar atentados na posse de Jair Bolsonaro no dia 1º de janeiro.
No momento em que foi diplomado, no dia 10 de dezembro, o presidente eleito Jair Bolsonaro agradeceu a Deus por estar vivo. Em setembro, ao participar de um ato em Juiz de Fora, Minas Gerais, ele levou uma facada desferida por Adélio Bispo de Oliveira, que atingiu seu intestino, obrigando-o a usar uma bolsa de colostomia até hoje.
Informações do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência demonstram que Bolsonaro ainda não está livre de novas ameaças e por isso monta um esquema de segurança para a posse sem precedentes.
Será o maior esquema de segurança em Brasília. Haverá no evento um total de 12 mil homens, como agentes da PF, da Polícia Militar do Distrito Federal, do Exército e da Polícia Legislativa, inclusive com “snipers” – ou atiradores de elite instalados estrategicamente no alto de órgãos públicos, prontos para disparar contra eventuais alvos que ameacem o novo presidente.
Haverá também agentes infiltrados em meio ao público. Para evitar a entrada de armas, haverá aparelhos de raio-X no acesso das pessoas. Serão proibidos guarda-chuvas, garrafas de vidro e até carrinhos de bebês.
Estima-se a presença de cerca de 500 mil pessoas na Esplanada dos Ministérios. Por conta disso, Bolsonaro foi aconselhado a mudar certos protocolos da posse presidencial. O principal deles: não deverá haver o tradicional desfile em carro aberto entre a Catedral Metropolitana e o Congresso Nacional.
Costumeiramente, o veículo que é utilizado para este destile é um Rolls-royce 1952, um presente do governo britânico. Esse carro é usado apenas na posse e no desfile cívico de 7 de setembro e em visitas de chefes de Estado.
Bolsonaro até gostaria de manter a tradição, mas seus aliados, e principalmente seus filhos e sua mulher Michelle, vem dissuadindo-o da ideia. O carro será blindado e Bolsonaro estará de colete a provas de balas.

Facada no Sistema S
Os cortes do governo não vão ficar restritos às autarquias, estatais e ministérios. O futuro ministro da Economia Paulo Guedes anunciou, na segunda-feira 17, em almoço com empresários na Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan), que o Sistema S perderá acentuados repasses.
Entre as entidades atingidas estariam as de ensino profissionalizante (Senai e Senac), cultura (Sesi e Sesc) e apoio ao pequeno empreendedor (Sebrae).
“Tem que meter a faca no Sistema S. Vocês acham que a CUT perde sindicatos e aqui continua tudo igual, com almoço bom?”, afirmou.
Os cortes poderão variar de 30% a 50%. Este ano, o governo repassou R$ 17,1 bilhões para o setor. O presidente da Firjan, Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira, indagou Guedes:
“Esses 30% são apenas para as indústrias? Ou no total?” São perguntas a serem respondidas.