Os agentes do Governo do Estado do Amapá têm encontrado muitas dificuldades para apresentar-se e conquistar, da população, a confiança necessária para desempenhar um bom papel nas diversas funções.
Dá a impressão que os problemas, seja da área que for, superam a capacidade que aqueles agentes têm para resolvê-los. Tudo vai ficando para depois, restando uma grande quantidade de pendências, que desafiam a capacidade de cada um e a paciência da população.
Nem mesmo a vitória eleitoral foi suficiente para alterar o ânimo de cada uma das partes. Se por um lado os agentes entendem que ganharam tempo, de outro, a população está apreensiva e observando a incapacidade de a administração do estado atender as expectativas gerais e as promessas que foram reforçadas durante a campanha.
O pior de tudo é que não há sequer um indicador que mostre a possibilidade de melhoria em quaisquer dos setores da administração. A mesmice consolidada assusta na medida em que as exigências e necessidades sociais crescem e se diversificam.
Os vícios estão cristalizados. Quebrar essa rotina parece que está exigindo mais força do que o governo tem. Assim, a solução dos problemas está sendo adiada junto com a capacidade de investimentos que a população identifica como de extrema necessidade.
Somos uma região que precisa de proteção local para evitar o surgimento de moléstias ou mantê-las sob controle – como, por exemplo, a malária. Mas como fazer isso se estão faltando os medicamentos necessários para aquele controle?
O mesmo se pode dizer da falta de equipamentos básicos neste mesmo sistema público de saúde, como aquele que é necessário para a realização de ultrassom. Os pacientes, em desespero, estão tentando coleta virtual (imaginem!) para a aquisição de um, por não acreditarem mais na ação do poder público local, cada vez mais confusa e ineficaz.
Certamente não é esse o gestor que a população do Estado do Amapá desejou para administrar os recursos arrecadados da sociedade, como também não foi essa a proposta apresentada ao eleitor durante a campanha eleitoral.