Já sabemos que o sistema de saúde do estado gerenciado pelo Governo do Amapá consome em torno de 20% de tudo o que é arrecadado pelo Tesouro Estadual, contando com as dotações orçamentárias, as verbas “carimbadas”, os montantes decorrentes de emendas parlamentares, entre outros, mas devolve para a população um serviço muito ruim, que aborrece as famílias e aumenta o sofrimento dos pacientes.
Além disso, ainda há os problemas com a falta de pagamento dos compromissos contratuais assumidos, deixando empresários e os seus trabalhadores desorientados e na busca constante para que haja minimização dos problemas. São notas de remédios e outros produtos indispensáveis que não são pagas, além de faturas de serviços de fornecimento de alimentação para pacientes e plantonistas inviabilizando a relação entre contratante e contratado, além de prejudicar a relação dos pacientes com a casa de saúde.
Não se trata de um simples descuido. Se assim fosse o fato não se repetia tanto e a estatística de desempenho, comparada com outros estados da Federação, não arrastaria o Estado do Amapá para as últimas posições no ranking nacional, seja quando o assunto é mortalidade infantil, seja quando se fala de Aids, apenas para citar duas informações recentes conhecidas depois da divulgação desses índices pelo IBGE.
Na contramão dessa realidade se anuncia a inauguração do Hospital do Amor, uma unidade de saúde que teve a sua construção motivada pelo exemplo de Barretos, em São Paulo e do esforço de parlamentares, do padre Paulo, como agente do Ijoma, e de tantas outras pessoas que estão mostrando que é possível melhorar a oferta de tratamento de saúde no Amapá.
Agora, no próximo dia 15 de dezembro, o Hospital do Amor será inaugurado como uma resposta da sociedade para o próprio Governo que poderia ter, de muito, levantado a bandeira da população e construído uma casa de saúde com a finalidade que está atribuída ao Hospital do Amor.
A população está verdadeiramente chateada com o retrato atual do serviço oferecido pelo sistema estadual de saúde. Não aguenta mais ver as condições deixadas para os profissionais da saúde devido à gestão do setor que dá a impressão de que gasta o dinheiro do contribuinte de forma desordenada e sem qualquer objetivo predefinido.
Estamos terminando o ano e a impressão que fica é de que perdemos mais um período administrativo para a lerdeza, a falta de objetividade e a ineficácia de ações tomadas pelo Governo do Amapá, também no ambiente da saúde pública estadual.