Impressionante e preocupante a projeção que se pode fazer, baseada nos dados disponibilizados pelo setor público, para o desempenho das forças econômicas no Estado do Amapá no começo do de 2019.
Está certo que foi a escolha do eleitor, mas é preciso entender que enquanto havia boa-fé da parte da população a mesma corrente não era praticada por aqueles que estavam no Governo e apresentavam os seus projetos sem declarar a irrealidade do cenário que escolhiam para apresentar ao eleitor.
Pouco mais de um mês após vencer a eleição e a poucos dias antes da posse para o exercício de um novo mandato, a população está especialmente inquieta quando vê movimentações para mudar o rumo do Brasil com a posse do novo presidente, bem como em outros estados da Federação e no Distrito Federal e, por aqui, sem movimentação que possibilite reacender a esperança de melhoria na gestão.
Ninguém fala nada, ninguém diz nada. É como se não tivesse havido eleição. É como se não houvesse necessidade de adotar novo modelo gerencial para os interesses do Estado.
Não é possível que os gestores estaduais não tenham percebido a aflição e a expectativa que assumiu cada um daqueles que precisam acreditar que o Estado do Amapá pode entrar em um tempo de desenvolvimento.
Até mesmo a gerência dos interesses do Estado não está sendo discutida nesse momento em que se reconhece que as dificuldades estão superando a capacidade que tem a gestão de enfrentar os problemas.
Vamos experimentar um início de 2019 cheio de interrogações, sem qualquer indicação de que haverá caminho novo para melhorar o desenvolvimento do Estado e a melhoria da qualidade de vida da população que, atônita, vê crescer a sua parcela de miseráveis, sem que pelo menos se fale no assunto.
Não dá mais para ignorar essa situação. De nada serviram as estratégias adotadas que tinham como proposta melhorar a qualidade de vida do povo, ou, simplesmente, debitar essa questão à crise que dominou o Governo e que seja justificada com eventuais frustrações orçamentárias.
Não podemos nos calar perante essa indignidade. Uma forma de respeitar a população é informá-la da realidade atual do Estado.