Ando muito preocupado com a desimportância que a atual gestão está dando para o planejamento ou a falta dele no que se refere à aplicação dos recursos que estão previstos serem arrecadados pelo Tesouro do Estado, em 2019.
O Orçamento Anual do Estado contemplando 61 (sessenta e uma) unidades de custos apenas no Executivo, com algumas dessas unidades com dotação zero, mas com funcionários, endereço e funcionando, como se fosse tudo voluntário e as necessidades concedidas por doações. Não é nada disso.
Nada de diferente daquilo que vem sendo adotado durante os últimos 20 anos, apenas o mesmo do mesmo, com o Executivo Estadual se achando apenas com o compromisso de fazer as transferências constitucionais obrigatórias e reservar recursos para a folha de pagamento, e ainda tendo dificuldades para cumprir esse papel, pois se acostumou a dividir aquele pagamento em parcelas.
O tempo passa e a infraestrutura física do Estado já dá demonstração de fadiga e começa a entrar em colapso, sem que a gestão estadual tenha condições de reparar. Até mesmo a cobertura de um ginásio de esportes, de uma escola estadual na zona norte da cidade, tem que ficar no chão e os alunos sem aulas de educação física e de esporte.
Em nome da governabilidade, o governador divide sua responsabilidade e a própria administração entre os seus “parceiros”, estes muito mais interessados em resolver os seus problemas do que atender às reais necessidades da população.
São parcerias de todos os naipes e de diversos contornos, entretanto todos com o mesmo interesse de apossar-se de uma fatia em que ele aja como o verdadeiro ordenador das despesas, sem qualquer compromisso com a receita e, consequentemente, com o pagamento.
Está ficando chato para todos, principalmente para o Governo do Estado, explicar ou suportar os números divulgados pelo IBGE, independentemente do assunto, pois o Estado sempre ocupa ou o último ou o penúltimo lugar, isto é, está sempre na rabeira.
A situação massacra até aqueles que acreditam em “milagre”. São raros os que dizem que a administração estadual vai melhorar. Há uma espécie de freio que retarda o desenvolvimento e desilude as pessoas.