Devemos saudar o Ano-novo. Afinal 2019 foi esperado por muitos brasileiros e agora já está aí com suas novidades, suas esperanças e pronto para numerar as suas promessas e desejos pessoais, além dos seus sonhos coletivos que justificam esperança em dias melhores.
Olhando outra face desse imenso poliedro vê-se que tem muitas faces que simplesmente não acreditam em bons resultados e, por isso, estão cobrando daqueles que não só permitiram chegar a essa situação, mas contribuíram para ela, gente que prefere ficar de costas para os primeiros acontecimentos de 2019.
Muitas faces são ocupadas por pessoas insatisfeitas.
É apenas uma situação ocasional? Diriam os “congelados”: certamente que não!
O Amapá ficou fora da rota da mudança. Foi assim que a maior parte dos eleitores quis. Dizer agora que não está feliz, que não está satisfeito, que esperava outra coisa de pouco adianta. A realidade é essa e assim deve continuar, pois, essa é a estratégia utilizada por aqueles que conseguiram convencer a maioria daqueles que se dignaram a votar em outubro.
A terceira festa já foi realizada – a posse. Lembre-se que antes houve o dia da vitória e depois o dia da diplomação.
O primeiro anúncio também já foi feito: “é preciso diminuir o total da folha de pagamento” e os dispensáveis serão dispensados, ou seja, os comissionados (nomeados) e aqueles que estabelecem o vínculo precário por contrato administrativo. Foi importante para a campanha, mas nem tanto para a governança.
As propostas para 2019 e os três anos seguintes foram anunciadas apenas para o TSE, entretanto, os 22 bilhões de reais que serão gastos durante os próximos 4 anos não serão suficientes para atender os erros e acertos do Governo que não encontra, depois de 12 anos de mandato, pelo menos um caminho para o desenvolvimento do Estado.
Algumas sugestões que são dadas todos os anos não são incluídas nas listas de possibilidade de execução do Governo. Agora, a prioridade tem que ser dada conforme a Ação Civil Pública mais urgente, ou seja, o Ministério Público é quem se vê obrigado a orientar até o plano de obras do Governo do Estado.
São quase 200 obras que foram iniciadas e que estão paradas em todo o Estado, completamente abandonadas pela gestão e fazendo parte de uma lista sem fim, pois, a cada dia mais uma necessidade ali é anotada.
A alegada “frustração” da Receita pela queda das transferências constitucionais é uma justificativa sem fundamentos, uma vez que a receita total prevista no orçamento para 2018 vai ser superada, assim como era perfeitamente previsível que a repatriação de recursos do exterior é ocasional e, assim, não poderia estar em previsão para pagamento de direitos trabalhistas dos funcionários, como o 13.º salário.
O fato é que o mandato anterior terminou sobre um monte de problemas para a administração e o administrador, talvez problemas que não possam ser superados por infringência a artigos da Lei de Responsabilidade Fiscal e do Código Penal.
O resto a pagar de 2018, que atravessa para 2019, supera a capacidade de pagamento do Estado e deixa fornecedores de material e serviços com seus resultados complicados e com suas empresas cambaleando. São muitas e de diversos setores da Economia.
O Estado está e ainda vai ficar, por muito tempo, com as suas contas no vermelho.