Estamos em um tempo onde tudo parece ser movido por sobressaltos. Isso mesmo, apenas parece porque se trata de situações previsíveis e resultado do desleixo público onde nem todas as pontas se mostram para serem combatidas.
A falência de alguns estados está diretamente ligada à irresponsabilidade dos seus dirigentes e a conivência dos órgãos que a sociedade paga para atuar no controle das ações para evitarem que o caos se instale em unidades federadas que balançam devido às dívidas que, irresponsavelmente são assumidas.
Vamos considerar o que acontece em Minas Gerais e no Rio de Janeiro, para citar apenas dois estados da Federação, embora o Amapá pudesse ser incluído aí, são exemplos da falta de zelo e responsabilidade de dirigentes que conseguiram iludir o povo para se eleger e que, depois de eleitos começaram a trabalhar sem pensar no passado, como também no presente e futuro daqueles povos.
Os primeiros maus resultados apareceram, claramente e para todos, quando o Governo do Estado não teve condições de efetivar o pagamento dos salários dos seus funcionários, depois vieram as outras derrocadas que levaram aqueles dirigentes até à Justiça para responderem por suas ações irregulares e por crimes, os mais diversos.
Nesse momento o Estado já padecia de graves doenças, inclusive a da impotência gerencial, contaminando órgãos importantes e não mandando mais nas principais diretrizes de desenvolvimento e entregando as ações de exploração à vontade de terceiros.
A ambição daqueles terceiros foi potencializada pela inapetência e impotência dos dirigentes e passaram a fazer do resultado a qualquer custo, a meta de empresas que se tornaram “de ponta” na Bolsa de Valores, onde aumentar o valor de cada ação passou a ser mais importante do que aumentar a segurança das pessoas que trabalhavam naquelas empresas.
Os erros se potencializavam, os resultados econômicos apresentavam-se em curvas ascendente, pouco importando a técnica mais apurada e a vida humana. Os resultados estão aí: incêndio na Boate Kiss, no Rio Grande do Sul; falência das barragens em Minas Gerais com centenas de mortos; estado de emergência no Rio de Janeiro.