Mesmo com as alegações de que o Estado do Amapá está com muitas dificuldades orçamentárias e financeiras neste começo de ano. Mesmo que a justificativa esteja baseada na frustração na receita e ainda, que o Supremo Tribunal Federal demora a julgar as ações referentes à repartição do Refis Nacional, mesmo assim, há serviços que precisam ser feitos para que investimentos de outrora não se transformem em mais um problema pelo desleixo público quando o governo não consegue recurso para investir na recuperação de pontos da cidade que estão feitos e que precisam receber cuidados.
O Governo do Amapá, no ano que acabou não faz tempo, recebeu a chancela de ser o Estado que tinha o pior desempenho quando o assunto era a transparência pública, mesmo sendo essa ferramenta, dito por especialistas, como o principal instrumento para conter e combater a corrupção sistêmica que está impregnada no serviço público, também no Amapá.
A orla limitada pelo canal do Perpétuo Socorro e pelo canal do Jandiá está em processo de destruição, cada vez mais perdendo a sua força para responder à força da maré de março principalmente, mas também à força média do Rio Amazonas e, assim, não tão aos poucos, sendo literalmente engolida pelas águas.
No momento já se pode observar trechos em que o muro de proteção desapareceu e com ele desapareceram o parapeito, a calçada de proteção, o meio fio, a linha d’água e mais de dois terços da pista de rolamento com o asfalto que dava o acabamento.
É uma situação perigosa e urgente!
Tecnicamente se pode dizer que precisa de providências urgentes para que o prejuízo da população do local não some também as próprias residências como aconteceu no Araxá, por falta de priorizar o serviço ou, simplesmente, por falta de interesse público ou competência individual.
A situação atual foi anunciada há mais de 5 anos, bastando para que a situação atual fosse confirmada que os governantes do período não demonstrassem interesse pela qualidade de vida dos moradores e pela valorização da cidade.
O local é um dos mais aprazíveis de toda a orla e não há justificativa que possa amenizar a situação atual, ou a futura, esta mais precária e exigindo mais recursos para a recuperação do local.
A responsabilidade do governador, do vice-governador, do secretário de infraestrutura, do secretário das cidades, do secretário de planejamento, entre outros chefes de órgãos que são pagos para zelar pela qualidade de vida de todos os que moram no Estado do Amapá, deve ser maior que as bizarras justificativas apresentadas, que a falta de compromisso demonstrado e, até irresponsabilidade com o bem público.
O local tem vocação para ser um ponto de lazer e gozo dos macapaenses, mas acaba expulsando os visitantes para dentro da cidade, levando dentro de cada um deles a decepção que acumulam dos governantes que precisam responder com ações, com ajustes efetivos e com realizações.
Macapá, a capital do Estado, que vai completar 261 no dia 4 de fevereiro, não pode continuar assim, sem o cuidado do Governo do Estado que a tem como Capital e com a demora em ver seus cuidadores principais de costas para a cidade, mesmo que assim, também fique de costas para o maior rio do mundo.
Essa não é a atitude de quem quer cumprir o que prometeu em campanha e que ganhou o 4.º mandato da população sendo o mais votado.