Cinco novos nomes foram nomeados para o primeiro escalão. Nenhum para posição estratégica ou de ponta.
Cercada de expectativa, considerando as dificuldades anunciadas pelo Governo do Estado, foram apresentados, no auditório do prédio do Palácio do Setentrião, em Macapá, os cinco novos integrantes do primeiro escalão do Executivo Estadual.
A expectativa criada e a manutenção dos nomes sob sigilo, sugeria que houvesse decisão impactante para a própria Administração Estadual – que terminou cambaleante o exercício de 2018 e anunciou que iniciava 2019 com problemas que exigem providências que só poderiam ser enfrentadas por um comitê de qualificação de gastos (CQC) que possibilitasse uma reviravolta administrativa.
Pelo que foi visto e dito durante a solenidade, as mudanças não têm qualquer relação com a estimativa feita pelo secretário de Estado do Planejamento, Eduardo Tavares, que “as frustrações na Receita vão provocar aumento na dívida que ficarão em restos a pagar, comprometendo os investimentos”.
A novidade veio com outra novidade: o até então sub-procurador do Estado, Julhiano Avelar vai comandar, em acumulação, as direções do Instituto Estadual de Floresta (IEF) e o Instituo de Meio Ambiente e Ordenamento Territorial (IMAP), este último alvo de repetidas operações policiais.
Antônio Teles Júnior, que sonhava com a volta à Secretaria de Estado do Planejamento, da qual saiu para candidatar-se ao cargo de deputado federal, e que não foi eleito, teve que se contentar com o “prêmio de consolação” assumindo, como secretário, a Secretaria de Estado de Desenvolvimento das Cidades, criada para atender os clamores do arquiteto Alcir Matos, agora secretário da Infraestrutura.
Outro que viu as suas cobranças satisfeitas foi o professor da Unifap, Rafael Pontes, que também perdeu a corrida pela Câmara Federal e contava com o reconhecimento. Deram-lhe o cargo de secretário na Secretaria de Estado da Ciência e da Tecnologia. Menos mal!
As outras mudanças foram irrelevantes e sem qualquer influência que possa melhorar ou piorar a Administração. Marcela Chesca assumiu a Secretaria de Trabalho e Empreendedorismo e o tenente-coronel Claudio Braga assumiu o Gabinete de Segurança Institucional (GSI).
Até agora a novidade que pode mudar os rumos do Governo do Estado é mesmo o empresário Jaime Nunes, mas é importante que não atravesse atribuições já perfeitamente definidas em leis e que não são colocadas em prática.