O desenvolvimento de qualquer atividade exige que haja pesos e contrapesos para que seja definido o ponto de equilíbrio da equação que tenha como resultado a melhoria da qualidade de vida de um povo e o desenvolvimento progressivo de um estado.
Os pesos e contrapesos precisam ser alimentados de condições para contribuir, inclusive, com uma administração, trate essa administração do que tratar, especialmente quando o seu objeto é exatamente a melhoria da qualidade de vida das pessoas e o desenvolvimento de um local.
Aqui no Estado do Amapá está convencionado, desde sempre, que a oposição não deve se manifestar, exatamente porque vai apontar caminhos diferentes daqueles seguidos por aqueles que estão no Poder. Essa convenção está prejudicando a ambos: a situação por não ter levantados os seus erros e a oposição por não praticar os acertos, mesmo quando trocam de lado.
O que se tem visto no Amapá, na melhor das hipóteses, é uma oposição partidária, não por causa de ideologia ou linha de atuação na solução de problemas, mas para esconder da situação as medidas que são “descobertas” pela oposição e que seria interessante praticá-las por quem detém as condições de governança.
Nem mesmo os pontos positivos do governo de Annibal Barcellos, o primeiro governador eleito do Amapá, serviram para ser os primeiros degraus do desenvolvimento local. Dá a impressão que houve determinação para eliminar aquele degrau e começar tudo outra vez, através de um programa que foi abandonado pelos seus próprios idealizadores, o PDSA.
O Programa de Desenvolvimento Sustentável do Amapá (PDSA), do governador João Capiberibe, foi tão desafiante para o povo do Amapá que a Administração do Estado caminhou por um rumo em que as regras disponíveis teriam que ser completamente modificadas. Foram sete anos de insistência em que se conviveu com sonhos como os patês exóticos de camapu, chicória, maxixe, entre tantos outros.
Em menos de um ano a governadora Dalva Figueiredo desfez tudo o que havia sido feito nos sete anos anteriores, demonstrando que, mesmo tendo sido, durante os últimos três anos, avalista do PDSA demonstrou que não tinha nenhum compromisso com o tal plano.
Vieram os primeiros oito anos do Governador Waldez. Este não deu continuidade a nada, não aproveitou o crescimento natural do orçamento e conseguiu gastar todo o excedente em projetos que ficaram incompletos e que hoje, doze anos depois, se transformam no principal problema da atual gestão, implicando no parcelamento do pagamento de funcionários e uma queda na qualidade gerencial do próprio governo.
Antes do governador Camilo, que começou há oito anos, ainda teve um governo todo atrapalhado de Pedro Paulo, que antecedeu o de Camilo Capiberibe, que não conseguiu implantar uma linha que atendesse o desenvolvimento do Estado.
Hoje o Governo do Amapá se resume a trato esporádico de assuntos de desenvolvimento e está naufragando em necessidades que poderiam ser evitadas, prestando um serviço ao cidadão que poderia ser muito melhor e, mesmo sendo uma gestão decorrente de reeleição, não tem nada para continuar, a não ser dar desculpas e lamentar a falta de recursos.
No começo do mandato, depois de 11 anos o atual governador já teria que ter chegado a uma diretriz importante para o desenvolvimento do Estado e encontrado a melhor forma para melhorar da qualidade de vida do povo.