Uma das principais consequências da manutenção de um modo de governar ou de um governante é o costume que o próprio governante e toda a sua equipe assume, de tal forma que o governo se interna e, sem avaliação, deixa a população completamente abandonada e sem rumo.
É o que está acontecendo no Amapá!
Depois de ser eleito pela quarta vez para governar o Amapá, o atual governador do Estado imagina que o apoio que recebeu é suficiente para justificar as suas assinaturas como chefe da Administração.
Engana-se completamente.
A inteligência gerencial divide a administração pública em mandatos e o nos estados brasileiros o mandato é de 4 anos. Claro que o governador sabe disso. O que ele não sabe é que entre as várias frentes de qualquer administração há a necessidade de investir em novas estruturas, mas sem deixar que as existentes se acabem.
No Amapá a situação é grave em todas as frentes, entretanto, a frente que deveria cuidar da manutenção da infraestrutura e da estrutura não funciona, e dela o dirigente dá a impressão que foge como o diabo foge da cruz.
Basta observar o que está acontecendo na orla da cidade, na manutenção dos canais, no fornecimento de água tratada, na coleta e tratamento de esgoto e no retrato mais recentemente revelado: a situação estrutural das escolas da rede pública estadual.
Quando o prédio de uma escola cai – isso em qualquer comunidade ou lugar –, é um alarme, muito alto, chamando a sociedade para avaliar a situação. Esse alarme cresce de intensidade quando se trata do prédio de uma escola estadual onde milhares de alunos estudam e que, em pleno momento de aproximação com a comunidade, vê os alunos correrem risco de vida.
O Ministério Público tem evitado outros desabamentos com suas formais inspeções – e seria importante, dada as circunstâncias, que as prefeituras passassem a exigir o Alvará de Funcionamento, antecedido pelo laudo do Corpo de Bombeiros.
Alguém tem que agir para evitar uma tragédia maior.