Depois de saber que houve tantas vitórias que foram impulsionadas pela corrupção, pela propina, pela condescendência de autoridades e, em muitos casos, com a participação delas, ainda estou tendo a oportunidade de acreditar que posso ver o outro lado da moeda, que foi enterrado, escondido e que está sendo revirado pela força do novo comportamento dos brasileiros.
O quadro pintado por autoridade do mais alto escalão da República e dos mais importantes estados do Brasil tinha tons escuros, cheios de fantasmas, entremeados de ilusões que chamavam a atenção e prendia os menos avisados para servir de escudo ou testa de ferro de um comportamento completamente cruel e criminoso.
O convencimento era tanto que havia coopção de importantes personagens que atuavam na disseminação da informação, depois da tentativa de repartir, como num consórcio fechado, os canais de televisão e de rádio, entre eles e ainda, repassado para alguns que consideravam seus, de muita confiança, desde que estivesse disposto a fazer o seu jogo, jogando à sua maneira.
A opinião pública foi arrumada para ser conduzida por algum meio de comunicação, entretendo com uma programação adequada ao “projeto” e ganhando assento preferencial na mesa de “negócios” daqueles que estavam no Poder.
O Brasil, a cada eleição para presidente da República, começou a colocar contrapeso objetivando que o “outro lado” colocasse peso e assim os “carregadores de pesos” fossem se apoderando daquilo que era para o povo brasileiro e que passou a engordar a conta bancária daqueles que deveriam fazer ou conhecer a contabilidade.
O caminho estava perfeito. O “feitor” já podia dizer que colocava na cabeceira da mesa – que já considerava sua – até um poste, desde que ficasse sem falar, sem ouvir, cheirar ou sentir.
O povo foi profundamente enganado quando escolheu, pela segunda vez, o mesmo “poste” e, desta vez, reagiu com a firmeza suficiente para derrubar o tal “poste”, mesmo com importantes escoras.
Esta centelha mexeu com o eleitor que resolver ficar atento e conseguiu perceber que mais rápido que os meios de comunicação social – rádio, TV, revista e jornal impresso –, se apresentavam as redes sociais depois da popularização da internet.
Essa nova ferramenta foi suficiente para permitir que os eleitores brasileiros elegessem um político, que apesar dos seus 28 anos de parlamento, não despontara para o eleitor brasileiro como um líder e era sempre tratado como sem chance pela grande mídia nacional confiante de que poderiam indicar três ou quatro nomes para que o eleitor escolhesse um.
As redes sociais foram, então, o meio que o deputado federal Jair Bolsonaro utilizou para lançar suas ideias. Os partidos que estavam nas manchetes da grande mídia não conversaram com aquele que tinha vontade de ser candidato a presidente do Brasil. Então, um partido considerado muito pequeno, o PSL aceitou e o resto da história todos nós conhecemos.
Antes, na lista dos novos eleitos para a Câmara Federal e o Senado da República surpreendeu aos que duvidaram das redes sociais.
Veio o tempo da posse e, logo depois, a escolha dos presidentes da Câmara e do Senado.
Enquanto o tempo passava os “analistas” já cravavam os políticos conhecidos como presidente da Câmara e presidente do Senado, não acreditavam que a história poderia ser muito diferente. Mas foi!
Pelo menos no Senado da República, cujo presidente é também o presidente do Congresso, a história surpreendeu aqueles que estão ficando distante do eleitor e do povo brasileiro. Davi Alcolumbre, do Amapá, foi eleito em primeiro turno de votação, presidente do Senado da República e passou a formar na linha de frente do comando da República Federativa do Brasil.