O senador Davi Alcolumbre (DEM-AP) foi empossado como presidente do Senado Federal no sábado, dia 2, e prometeu trabalhar pelo fim do voto secreto nas deliberações da Casa.
O novo chefe do Poder Legislativo garantiu que valorizará a transparência em todas as práticas do Congresso Nacional.
– No que depender da minha condução, esta será a derradeira sessão do “segredismo”, do conforto enganoso do voto secreto. Não devemos temer a crítica das ruas: devemos ouvi-la com atenção e acolhê-la com humildade.
Alcolumbre assegurou que promoverá a “democratização do processo legislativo” no Senado, garantindo que todos os senadores sejam tratados de forma igualitária. Ele afirmou que irá dividir a responsabilidade de comandar a Casa com os demais colegas e pediu o apoio de todos na função.
– Precisamos reunificar o Senado em torno do que lhe deve ser mais caro: a República e o interesse público.
O novo presidente citou as reformas políticas e econômicas que o Congresso deverá votar nos próximos meses, classificando-as como assuntos de urgência para o futuro do país.
– Teremos grandeza e espírito público. Não podemos nos dar ao luxo de falhar.

Diálogo
Após duas sessões atribuladas para a eleição do novo presidente, Alcolumbre procurou adotar uma posição agregadora. Ele cumprimentou nominalmente todos os demais candidatos na eleição: Esperidião Amin (PP-SC), Angelo Coronel (PSD-BA), Reguffe (sem partido-DF), Renan Calheiros (MDB-AL) e Fernando Collor (Pros-AL).
O novo presidente assegurou que não levará as discordâncias do processo eleitoral para a sua gestão à frente do Senado.
– A condição de adversário é passageira e permanentes são as instituições. Não conduzirei um Senado de revanchismo. Meus adversários terão de minha parte disposição para o diálogo, cooperação e deferência.
Alcolumbre também agradeceu aos senadores que retiraram seus nomes da disputa para apoiá-lo: Alvaro Dias (Pode-PR), Major Olimpio (PSL-SP) e Simone Tebet (MDB-MS). Ele também agradeceu a Tasso Jereissati (PSDB-CE), que desistiu de se candidatar.