Depois de um tempo que deixou os brasileiros em dúvida sobre tudo e tendo a certeza de que teria que ser “esperto” para se dar bem, é incrível como tem gente que está tendo dificuldades para voltar a acreditar nos dirigentes brasileiros.
Os mais ressentidos continuam inconformados, afinal perderam as referências que tinham e que satisfaziam os seus interesses e de alguns dos seus. Não conseguem entender os motivos que mudaram a decisão daqueles mesmos que acreditaram neles noutros tempos, em outras eleições.
Para aqueles ficou complicado. Parece que se tem um “banzeiro” de pessoas dispostas a enfrentar a mudança, muito embora tenham certeza do que o “outro lado” jamais volta para a posição em que esteve durante muito tempo e que perdeu completamente o rumo e não entendeu o que estava acontecendo.
O brasileiro experimenta um novo rumo e que se propõe a não ser igual ao que foi usado até pouco tempo. Muitos costumes, sustentados por conhecido procedimento precisa mudar, mais isso implica um novo comportamento e nova interpretação de realidade.
A imprensa, principalmente a engajada com o Poder, está tendo dificuldades para se adaptar, e isso se explica: depois de um longo tempo sem ter que atualizar comportamentos, se preocupou apenas em melhorar equipamentos e, agora, os erros aparecem com facilidade em vários pontos onde a fragilidade não foi reforçada.
Não é só a chamada grande imprensa, aquela feita pelos “grandes veículos”, que está tendo problema com a mudança. Os pequenos veículos também – e isso afeta diretamente o “dono” da informação.
Além disso, são notáveis as modificações comportamentais devido às redes sociais e quem ignorar essa realidade entra para a lista daqueles que terão problemas novos para resolver e propostas novas para continuar e sobreviver.
Aqui no Amapá os veículos que se apoiam nas mídias oficiais estão cada vez com mais dificuldades para manter o que haviam planejado. Há uma busca de motivos para que o veículo entre para a pauta estabelecida pelos governos (federal, estadual e municipal).
No caso da imprensa a seleção não é pelo nível de audiência da emissora, nem, tampouco, pelo número de leitores de jornais ou sites, mas sim pela linha editorial proposta, às vezes mudadas para atender às necessidade econômicas do veículo, outras vezes para engessar a linha editorial desse mesmo veículo.
Está situação está levando a cada órgão público ter a sua base de informação social nos mesmos moldes de um veículo de comunicação, em uma clara disposição de prestar a informação à comunidade sem submetê-la à análise dos profissionais, facilitando a compreensão por parte da população.
No passo que vai cada órgão público e cada núcleo privado prestará a “sua” informação, exigindo uma ação mais eficaz por parte dos órgãos de controle social para que a manipulação social não seja a parte mais influente do que pretendem os anunciantes e que a própria sociedade tenha que filtrar a informação.