O combate às organizações criminosas que atuam no Estado é uma das prioridades da Procuradoria-Geral de Justiça do Ministério Público do Amapá (MP-AP).
Para iniciar um calendário de ações, a PGJ Ivana Cei reuniu na sexta-feira, dia 15, com o secretário estadual de Segurança Pública, coronel Carlos Corrêa, e promotores de Justiça que atuam na área, a fim de discutirem estratégias articuladas de enfrentamento ao crime.
Ao iniciar o encontro, o titular da Sejusp apresentou dados estatísticos sobre o trabalho realizado pelas instituições que compõem o sistema de segurança pública. Em 2018, por exemplo, o Centro Integrado de Operações de Defesa Social (Ciodes) realizou 109 mil atendimentos, um média de 9 mil ocorrências/mês. Desse total, em 78% dos casos houve atuação da Polícia Militar.
Quadro comparativo de roubos, furtos, homicídios e outros tipos penais praticados em Macapá e Santana; apreensões de drogas e armas realizadas pelas polícias Civil e Militar também foram expostos, bem como a população carcerária do Instituto de Administração Penitenciária (IAPEN), atualmente com déficit de 1500 vagas.
O Cel. Carlos ponderou que apesar desse quadro no IAPEN, a perspectiva, em curto prazo, é melhorar a oferta de vagas, além da utilização do sistema de monitoramento eletrônico mostrar-se eficiente.
Outra medida anunciada pelo secretário para diminuir a atuação das organizações criminosas de dentro do IAPEN é a instalação do scanner corporal, que deve aumentar o nível de segurança no instituto.
Após a exposição da Sejusp, os membros do MP-AP nivelaram algumas informações imprescindíveis para o planejamento de ações mais efetivas de combate ao crime.
“Precisamos compreender que hoje é imprescindível a atuação conjunta – por força da própria lei – no combate ao crime. Para isso, devemos estreitar as relações institucionais entre o MP-AP e órgãos de segurança pública para facilitar a troca de informações, compartilhamento de dados e tecnologia, de pessoal a e expertise que cada agência possui. Dessa forma, fortalecemos o nosso exército para fazer frente às organizações criminosas, que têm a corrupção com um dos seu braços”, manifestou a procuradora-geral de Justiça, Ivana Cei.
Presentes na reunião os promotores de Justiça da Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público, da Probidade Administrativa e das Fundações de Macapá (Prodemap); do Grupo de Atuação Especial para Repressão ao Crime Organizado (Gaeco); da Promotoria de Justiça de Investigação Cíveis, Criminais e da Segurança Pública (PICCSP); Núcleo de Inteligência do Ministério Público (NIMP); Promotorias Criminais; Defesa da Mulher; Juizado Criminal; Execução Penal e do Júri de Macapá e Santana.