Hoje quero tratar de uma das minhas intimidades com as pessoas que leem e propagam os artigos que escrevo e publico neste espaço, como também nas redes sociais mais populares da internet.
Desde 2014 contendo com uma insuficiência renal que tem limitado minha vida a circunstâncias que não havia imaginado quando jovem ou mesmo adulto.
Sem histórico familiar de pessoas com aquele mal e as distâncias que mantive dos exames clínicos que precisavam ser rotineiros, fui surpreendido com uma displasia prostática que levou exigências anormais aos rins que não suportaram a carga e cansaram mais sedo do que o resto do meu organismo, diminuindo a sua capacidade de trabalho no meu corpo.
Conheci então a Creatinina e a Ureia, duas substâncias que presentes na corrente sanguínea, e podem ser dosadas através de exame de sangue para, partir daí, avaliar o estágio em que se encontra a função renal.
Pois bem, esse exame informou em “alto e bom som” que os meus rins estavam trabalhando com uma taxa que não atendia às necessidades do organismo, considerando as distâncias dos índices apurados no exame daquele que o meu corpo fora programado.
Os meus músculos precisam de energia para exercer suas funções e o “combustível” que gera esta energia é uma proteína que é conhecida como creatinina fosfato, sintetizada a partir das proteínas da alimentação é produzida no fígado e posteriormente armazenada nos músculos.
Mesmo em repouso meus músculos estão em permanente atividade, isto significa que estamos, o tempo inteiro, consumindo creatinina fosfato.
A creatinina é uma espécie de lixo metabólico resultante desse consumo constante. Após a sua geração a creatinina é lançada na corrente sanguínea, sendo eliminada do corpo na urina, através dos rins.
Então, as proteínas ingeridas na dieta, fazem com que o fígado produza a creatinina fosfato, o consumo da creatinina fosfato pelos músculos é que gera a energia com a produção da creatinina que é eliminada pelos rins através da urina.
Diariamente cerca de 2% de toda a creatinina fosfato armazenado em nosso corpo é convertida em creatinina pelo metabolismo dos músculos. Esta é a creatinina resultante dosada nas análises de sangue.
A creatinina é uma substância inócua no sangue, sendo eliminada de forma constante pelo organismo. Meu organismo não está conseguindo fazer essa função e foi um dos primeiros indicativos de que os meus rins não estavam funcionando adequadamente.
Uma das primeiras consequências foi a displasia prostática que me levou à cirurgia em 2014. Naquela época os rins deram sinal de recuperação e, depois de seis meses fazendo diálise, tive suspenso o tratamento.
De lá para cá o acompanhamento médico indicou que meus rins diminuíam a sua eficiência e, na sexta-feira, dia 12 de abril, no dia da inauguração do novo terminal do aeroporto, lá estava eu outra vez, na Unidade de Nefrologia do Hcal, ligado a uma máquina, dando uma folga para meus rins preguiçosos.
Como esse tipo de tratamento só tem o começo marcado, não há qualquer previsão para que dele me livre, torçam por mim!