Temos muitos olhos para Macapá, afinal de contas por aqui vivem o que corresponde a 56% da população do Estado e mais de 80% da concentração do comércio, prestação de serviços e, afinal, da economia local, mas outras sedes municipais estão enfrentando grave situação na prestação dos serviços urbanos para a população residente e, mais, essa população está enfrentando grandes dificuldades para se deslocar do interior para a Capital e daqui para o interior.
Até mesmo Santana, outrora tida como cidade pronta para servir de modelo para outras de igual ou menor porte, nesse momento está pedindo socorro de todos aqueles que, um dia, já viram Santana diferente, mais humana, mais agradável e muito, mas muito mais cheirosa.
Nas cidades menores, sedes dos outros municípios, os problemas se agigantam, tomam forma que não podem ser domados pelas ações locais e, por isso, os prefeitos – como última esperança –, se lançam para a Capital do Estado ou para Brasília no sentido de ser ouvidos e ter os problemas que elencam resolvidos.
O sistema viário de Macapá precisa de urgente restauração. A necessidade não é de serviço de tapa-buraco, mas de uma hierarquização de vias que permita selecionar aquelas que precisam de urgentes serviços para não entrar em colapso, principalmente aquelas vias que constituem os principais corredores viários da cidade.
Mais aqui na Capital também se precisa de outros serviços que poderiam ser realizados em conjunto com o Estado e aporte de recursos especiais que precisam ser tratados pelos representantes do povo amapaense no Parlamento Brasileiro, como o serviço de tratamento de água, de coleta e tratamento do esgoto.
Santana, mesmo depois de receber os serviços financiados pelo PDRI com recursos do empréstimo do BNDES, pouco melhorou e, em alguns setores, a situação ficou pior do que já estava.
O sistema de transporte coletivo teve mudanças importantes e que contrariam muitos dos usuários e não fizeram a satisfação dos outros.
Também vias que estão, mesmo em bairro do centro da cidade, completamente imprestável para o trânsito de veículos automotores ou não motorizados, bem como pedestres que, em muitos casos, ficam isolados sem poder sair de casa.
Para quem foi, este ano ou ano passado, às sedes dos municípios do interior percebeu a paralisia econômica em que se encontram. Em muitas não há serviço regular de internet e por isso ficam prejudicados os serviços de correio e de bancos e loterias.
A similitude das dificuldades acaba por considerar o interior do estado todo na mesma situação, muito embora entre os municípios haja, além das dificuldades comuns, aquelas que são peculiares, como enchentes, desabrigos e pobreza.
Os municípios abandonaram as suas unidades de engenharia que cuidavam das estradas municipais, especialmente as de indução ao desenvolvimento. Sem equipamentos, dependem de favores de unidades estaduais que nem sempre estão dispostas a resolver os problemas da área rural, seja pela falta de conhecimento da situação ou pela inexistência de um programa conjunto para esse fim.
Desatrelado e com muitos novos problemas que se juntam aos velhos problemas, segue o Estado sem poder atender às necessidade de sua população que sobrevive como pode e fica na esperança de um milagre.