Josiel Alcolumbre – Jornalista
DRT – 0000399/AP

O mês de maio terminou com uma constatação e um recado para o Governo do Amapá, especificamente para o sistema estadual de saúde pública que não consegue melhorar a qualidade dos serviços e, agora, com o agravante da perda da paciência, por parte dos funcionários do governo, com lotação nos diversos pontos que precisam fazer um atendimento pelo menos satisfatório ao contribuinte.
A manifestação ocorrida na Avenida FAB dos funcionários e prestadores de serviço da Maternidade Mãe Luzia retrata o momento difícil por qual passa aquela importante unidade da Secretaria de Estado da Saúde, com a falta desde os mais elementares materiais e instrumentos até aos remendos que foram denunciados e que são aplicados para que equipamentos de extrema necessidade funcionem e mesmo sem condições atendam aos recém-nascidos em suas necessidades urgentes.
As denúncias feitas com relação à maternidade pública bem poderiam ser feitas com relação a outras unidades do sistema estadual de saúde, que se evidenciam quando comparado com as unidades do município de Macapá que foram restauradas e, em muitos casos, ampliadas para dar atendimento humanizado e de confiança à população.
Nesse contexto as perguntas se voltaram para a maternidade que está sendo construída, desde 2013, na Zona Norte e que, por essa inexplicável demora o Ministério Público Estadual já ajuizou ação que resultou em pedido de prazo por parte do Governo do Estado que, entretanto, jamais cumpre.
Agora o MP resolveu bloquear recursos do Governo para que seja cumprida a Decisão do Juízo no sentido de que a obra seja concluída e os serviços passem a ser prestados para a população.
Agora, segundo fontes de dentro do Governo do Estado, o vice-governador Jaime Nunes foi convocado e se apresentou para conversar sobre a “obra sem-fim”. O fato acabou por deixar os interlocutores incrédulos com a declaração do próprio vice de que iria acionar a sua assessoria “para tomar pé da questão”.
Com o MP pedindo o bloqueio de 3 milhões de reais, o arquiteto prometendo que resolve em 45 dias a sua parte, o vice-governador dizendo que vai “tomar pé da questão”, é possível que, pelo menos a maternidade da Zona Norte seja considerada prioritária, concluída e pronta para atender a população.
Mas isso ainda está sem prazo!