Presidente diz que Angela Merkel ‘tentou falar grosso com ele’, mas que depois trocaram ‘sorrisos amáveis’.
Em Osaka, no Japão, onde participava da cúpula do G20, Jair Bolsonaro, em entrevista para a rádio brasileira, na noite desta sexta-feira 28, falou de suas conversas com Emannuel Macron, presidente da França, e Ângela Merkel, chanceler da Alemanha, durante o evento internacional.
Ele declarou que em conversa de “igual para igual” com ambos, que antes haviam criticado a agenda ambiental do governo brasileiro. Sobre as políticas de meio ambiente, criticou antigos governos brasileiros pelo que chamou de “neurose ambientalista”.
Com Macron, Bolsonaro confirma que o convidou para conhecer a Amazônia: “Convidei para ir de Boa Vista a Manaus, são duas horas de voo. Você olha para baixo e não vê nada degradado. Nem quero comparar com a Europa, que não tem mais nada.
A Amazônia, enquanto eu for presidente, é nossa. E nós pretendemos explorar de forma racional. Convido a explorá-la conosco. O mesmo eu falei a Angela Merkel”, afirmou.
“Merkel tinha uma postura de querer falar grosso comigo. Nós nos encontramos antes da reunião e conversei com ela. Foi uma conversa saudável e bacana.
Na reunião, depois, ela nem tocou no assunto. Trocamos sorrisos amáveis. Faltava conversar com as autoridades de igual para igual. E não ficar se submetendo a caprichos”, disse. “Eles agem de maneira certa, defendendo interesses de seus países. Nós temos que defender os nossos. De igual para igual, sem sofrer pressões.”
Bolsonaro criticou presidentes anteriores do Brasil, que, segundo sua análise, iam a encontros internacionais e voltavam “demarcando 10, 20, 30 reservas indígenas” indiscriminadamente e fazendo, de acordo com ele, “um estrago nessa neurose ambientalista”.