Os canais, as ruas, os quintais, as borracharias e uma série de locais na cidade e no interior enfrentam o problema do descarte de pneu usado.
Está tramitando nas comissões da Assembleia Legislativa um projeto de lei que dispõe sobre a obrigatoriedade dos estabelecimentos comerciais de promover o recolhimento e destinação ambiental correta dos pneus inservíveis existentes no Estado.
No Brasil e, em consequência no Estado do Amapá, é possível encontrar pneus jogados em lixões, rios, igarapés, canais de drenagem, ruas e, até mesmo, no quintal das casas, o que ocasiona problemas ambientais e de saúde.
A medida pode ser um instrumento importante na questão do destino do lixo e da educação ambiental, importante para todos, tanto os que geram o lixo, como para aqueles que estão sendo obrigados a conviver com as carcaças de pneus jogados em lugares impróprios ou deixados no meio da rua ou nos canais.
De acordo com as medidas que estão sendo elaboradas, as distribuidoras, comércios varejistas e atacadistas que comercializam pneus novos devem orientar o consumidor, fixando placas, informando que após as trocas, os pneus inservíveis serão recolhidos e destinados aos locais apropriados.
As justificativas apresentadas por si só são um bom encaminhamento para melhoria da situação atual, onde as regras de destinação do lixo não são obedecidas apesar de duas resoluções do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) obrigarem os fabricantes e importadores a darem uma destinação adequada para os pneus que não servem mais.
Os dados justificam a preocupação local, pois, de 2002 a abril de 2011, o descarte inadequado correspondeu a 2,1 milhões de toneladas do produto. Nesse período, os importadores de pneus novos cumpriram 97,03% das metas de descartes estabelecidas, os fabricantes 47,03% e, os importadores de usados 12,92%.
Alguns países divulgam os benefícios do reaproveitamento dos pneus, que além de evitar o impacto causado ao meio ambiente ainda podem ser usados como: componente em asfalto, combustível em fornos de cimento e outros.
Além disso, pode proporcionar redução de custos, economia de energia e asfalto com maior elasticidade e durabilidade, ainda venha a ser uma solução para as tão desgastadas estradas brasileiras.