Tivemos uma semana cheia de acontecimentos festivos organizados por comunidades diferentes mostrando que o povo amapaense continua ativo e cada vez mais pedindo ajuda de Deus Pai para a solução dos seus problemas, pois, poucos são os que acreditam nas soluções vindas das autoridades do Executivo Estadual.
Mazagão, com a festa de São Tiago; Santana, com a festa de Nossa Senhora de Santana e São Joaquim; e, Afuá, com o Festival do Camarão deram coloridos diferentes para os amapaenses que participaram daqueles eventos que, de certa forma, apresentou como resistência o Macapá Verão 2019.
Como festa religiosa Mazagão Velho fez representar o tradicional embate entre mouros e cristãos; como festa religiosa, tão somente, Santana viu o seu povo continuar fazendo e pagando promessas pelas ruas da cidade que já foi a mais próspera e desejada de todo o Estado; como esforço concentrado da Prefeitura Municipal de Macapá se observou o desenvolvimento do Programa Macapá Verão 2019 chegando ao Bailique, depois de passar pela Fazendinha, onde parece que ainda está o trono do evento, e passado pelo Curiaú e outros distritos, como o de Santa Luzia do Pacuí.
Mais uma vez o Afuá, lá do Estado do Pará, conseguiu atrair mais festeiros e amantes da boa comida, do que qualquer outro. Para os incrédulos ou que duvidam, bastava sentir o “termômetro” da Rampa do bairro Santa Inês, provavelmente o mais precário porto de embarque de passageiros de toda a Região, mas, nem por isso, afastava os veranistas do Festival do Camarão da aventura de se deslocar daqui para a “Veneza” Marajoara, a sede do município de Afuá.
Essas festas poderiam deixar os órgãos do Estado, que são responsáveis diretos pelo desenvolvimento do turismo regional, pelo menos para registro em fotografias e filmes com o objetivo de avaliar esses quatro grandes momentos, estudar o desenvolvimento de um programa capaz de atrair para Macapá, Santana e Mazagão, três municípios que reúnem mais de 2/3 da população do Estado, e fazer com que esses festejos fossem objetivo de renda e emprego, de verdade, e não apenas na teoria dos programas que se enfraquecem por serem soltos, individualizados e objeto de política administrativa e não de polícia de desenvolvimento do turístico-econômico.
Os turismólogos, a maioria deslocada de suas habilidades, estas adquiridas durante os quatro anos na academia e testadas quando da realização do trabalho de conclusão de curso, sabem o que é preciso fazer, entretanto a Secretária de Turismo do Estado, faz tempo que se tornou em um “cabide” político funcionando como parte de uma pizza que é entregue a determinado aliado.
Aliás, o costume de entregar uma parte da administração para ser “tocada” por um aliado, especialmente um daqueles eleitos nas eleições proporcionais, acabam por enterrar setores importantes do Governo do Estado, até mesmo pelo compromisso que não têm de cuidar bem da gestão dessa parte do Governo. Querem apenas dar uma satisfação para a própria esposa ou um cabo eleitoral que considera importante e que “não larga do pé”.
O fato é que o tempo vai passado juntamente com as oportunidades e a população não consegue usufruir desses momentos pela falta de política pública, ou de um processo que aproveite a vontade do povo, por falta de disposição ou visão estratégica das autoridades.