Estão sendo anunciados 5 dias de festas para comemorar o aniversário da cidade, começando hoje, sexta-feira, 31.
A cidade de Macapá é a única capital brasileira banhada pelo rio Amazonas e seus pontos turísticos revelam beleza natural, arquitetônica, história, cultura e de religiosidade. A Fortaleza de São José de Macapá, construída de 1764 e 1782, obedecendo ao projeto do engenheiro Antônio Henrique Gallúcio, é considerada pelos brasileiros e visitantes estrangeiros uma das melhores referências arquitetônica, histórica e cultural de todo o Brasil.
O Marco Zero do Equador procura materializar a latitude zero, a projeção da linha do Equador, sugerindo a compreensão da divisão didática que se faz para possibilitar o entendimento de que a Terra tem dois hemisférios: Norte e Sul. Do Marco Zero é possível entender o fenômeno do equinócio, quando o sol cruza a linha imaginária materializada para melhorar o entendimento do fenômeno.
No momento, no prédio do Monumento do Marco está exposto o artesanato local valorizando a produção dos artesãos macapaenses. Na Casa do Artesão e do Índio é possível adquirir lembranças da cidade.
Em Macapá, ainda considerando o aspecto arquitetônico, pode ser destacado a Igreja de São José – prédio mais antigo da cidade, sua construção datando do século XVIII, inaugurada em 6 de março de 1671, na presença de Dom Frei Miguel de Bulhões, membro da Companhia de Jesus, ordem religiosa que iniciou a catequese na Amazônia.
Outro destaque é o Museu Histórico do Amapá Joaquim Caetano da Silva – criado pelo Decreto nº 112 de 16/11/1990, sendo escolhido para sede o prédio secular da antiga Intendência de Macapá, que está fechado à visitação desde2014. O nome do museu é uma homenagem ao médico e diplomata gaúcho Joaquim Caetano da Silva, autor da obra L’Oyapoc et L’Amazone (1861).
O outro museu da cidade é o Museu Sacaca, construído com a finalidade de mostrar e divulgar as riquezas naturais do Amapá, especialmente as encontradas na fauna e flora, bem como amostras de minérios e madeiras regionais aos visitantes, e aos estudantes das diferentes escolas da cidade.
O Trapiche Eliezer Levy é outro ponto importante da cidade. Começou a operar na década de 1940. O Estádio Milton de Souza Corrêa, o Zerão, inaugurado em outubro de 1990, tem a linha do meio de campo coincidente com a linha imaginária do Equador, possibilitando que por cada tempo do jogo de futebol o os jogadores se posicionem em hemisférios diferentes.
Além dos aspectos físicos vale a pena considerar os aspectos naturais e imateriais de identidades e referências da capital Macapá e de outros municípios do estado.
O Marabaixo, o Batuque, as manifestações religiosas como o Círio de Nazaré, a festa de São Tiago, em Mazagão Velho, a cultura indígena, os muitos quilombos, as áreas de proteção ambiental, a cidade de Serra do Navio, a Base Aérea de Amapá, além da mestiçagem como traço marcante do povo macapaense e, claro, rio Amazonas.
Já nos aspectos naturais e de biodiversidade, a cidade possui o Bioparque da Amazônia – maior parque em área urbana da Região Norte, que tem às terças-feiras entrada gratuita para toda a população.
Além disso, o balneário do Curiaú, a 8 quilômetros do centro de Macapá, habitado por comunidades formadas por antigos escravos trazidos no século XVIII para a construção da Fortaleza de São José de Macapá. Foram eles que deram origem e formataram a Vila do Curiaú e as demais comunidades da região, como a comunidade da Lagoa dos Índios, que existe desde 1802, serviu de refúgio para negros que escapavam da escravidão. O quilombo da Lagoa dos Índios se localiza em preservada área de ressaca e possui uma extensa área verde.
O Balneário da Fazendinha, com praia fluvial, é banhado pelo rio Amazonas. A paisagem é bela e a região da Fazendinha é muito agradável. Fica a 12 km do centro de Macapá.
Macapá, assim, completa 262 anos, hoje com mais de 500 mil habitantes, ainda com muitos problemas urbanos e precisando que muito seja feito para atender a expectativa da população.