Rodolfo Juarez
Este janeiro de 2020 tem sido atípico. Muitos acontecimentos na área municipal e estadual têm desafiado a população a acreditar naquilo que está vendo ou sendo prometido para ser executado durante o ano.
A situação é atípica principalmente para os funcionários municipais que, em regra, durante o último ano de mandato de um gestor, estão preparando a documentação, própria da administração, para deixar, o mais explicativo possível, para o sucessor do atual gestor municipal que, sabem todos, assumirá no dia 1.º de janeiro de 2021.
Mesmo para os funcionários dos órgãos executores do Governo do Estado, o segundo ano de mandato do gestor estadual é cheio de projetos, afinal de contas, a agenda do gestor ainda está cheia de promessas feitas e que motivaram a reeleição do gestor e que quando lembrado que ainda não fez isso ou aquilo sempre responde que ainda tem três anos para fazer o que prometeu.
No caso do Governo do Estado, enquanto o parcelamento de salário não acabar e os funcionários passarem a receber de uma só vez e dentro do mês os seus salários, a desmotivação sempre puxará para baixo os resultados.
As ações que a bancada federal desenvolve em Brasília, na maré favorável provocada pelo presidente do Congresso Nacional, o amapaense Davi Alcolumbre, deixam os funcionários públicos do Governo do Estado cheios de atribuições e que precisam de motivação para entrar na mesma corrente de compromisso que os deputados federais e senadores deixam os executivos chefes dos órgãos e o próprio Governador do Estado.
Ainda falta integrar essa corente de confiança que nasceu no Amapá no ano passado, os deputados estaduais, ainda encastelados em suas cadeiras no Plenário, pois eles pouco vão até aos gabinetes, pois, ali, têm que enfrentar a cobrança ou os pedidos daqueles que o elegeram. Preferem passar longe…
Nesse mês de janeiro, mês do recesso, nem mesmo a comissão que assumiu a responsabilidade de “falar pelo poder legislativo” dá as caras.
Não pode ser cansaço. Pode ser preguiça mesmo!
Precisa o deputado estadual perceber que faz parte de um conjunto que dá as condições para as ações do Governo do Estado, além de se constituírem uma importante fonte de informação, que possibilitaria a otimização da aplicação dos recursos, sempre escassos, mas que, agora, desafiam os gestores para serem gastos com velocidade, mas obediente às regras que precisam ser obedecidas pelos gestores públicos.
O canal dos deputados estaduais está obstruído pela falta de empenho e de realidade nas ações que cada um poderia tomar.
É importante lembrar, que do outro lado de cada projeto estão as pessoas, algumas apenas esperando pela consecução, mas outras dispostas a acompanhar e avaliar o que está sendo feito e, quando vê absurdos, mostra-se disposto a denunciar.
O tempo é de muito trabalho, todos precisam estar muito dispostos.