A viagem de retorno demorou 37 horas e foram feitas 4 paradas para reabastecimento. São 34 os repatriados.
Desembarcaram no começo da manhã de domingo, dia 9 de fevereiro, em Anápolis (Goiás), os 34 brasileiros repatriados de Wuhan, cidade chinesa epicentro da epidemia de coronavírus.
A Força Aérea Brasileira destacou duas de suas aeronaves para a missão, batizada de Regresso. Foram 4 paradas, 2 países e 37 horas de voo até a chegada à base militar na cidade goiana, que fica a 152 km de Brasília.
Tanto os resgatados quanto os tripulantes do voo ficarão em quarentena por 18 dias em um hotel de trânsito preparado para acolher os brasileiros, repatriados, tripulantes e corpo médico que os acompanhou na viagem, na Base Militar de Anápolis. Na área do isolamento, há 38 suítes. São equipadas com TV, internet, frigobar, telefone e ar-condicionado.
Há 7 crianças no grupo. Para atender estas crianças foi montada em uma área do hotel uma brinquedoteca e instalado 1 pula-pula para elas.
No período da quarentena, os repatriados não poderão receber visitas de parentes e amigos pessoalmente, mas poderão fazer ligações de telefone e videoconferência. Todos eles passaram, antes de chegar ao Brasil, por uma triagem e farão exames diariamente.
Vitor Campos Moura, 28 anos, é um dos repatriados ao Brasil. Ele estava estudando mestrado na China e ficou preso em Wuhan depois de o governo chinês não deixar cidadãos saírem ou entrarem na região. Vitor ficou em quarentena no país asiático por 20 dias. Só saiu da instituição em que estudava para embarcar no avião de volta ao Brasil.
José Neves de Siqueira Júnior, pai de Vitor, saiu de Belo Horizonte (MG) para aguardar o retorno do filho a Anápolis. O pai, no entanto, só poderá vê-lo depois da quarentena, que termina em 26 de fevereiro.