A segurança pública é um dos pilares mais importantes da sociedade. Feliz é aquele que confia na segurança que lhe é apresentada e que pode despertar a sensação de que está protegido para realizar os seus atos sociais mais simples.
Quando a população não confia na segurança pública que lhe indicada, passa a ter a perigosa sensação de insegurança que exige mais de todo o sistema que conhece ou lhe foi apresentado de alguma maneira.
As notícias vindas do Estado do Ceará e, especialmente da capital Fortaleza, deixam os brasileiros preocupados imaginando como uma cidade tão atraente e acolhedora, dispondo de tantas belezas naturais, uma das que mais se moderniza no Brasil, ainda não despertou esse sentimento naqueles que assumiram a responsabilidade de dotá-la de um ambiente que transmita a sensação de segurança.
É inimaginável que os dirigentes permitam que haja, entre os colaboradores do Estado, discórdia ao ponto de se voltarem uns contra os outros, permitindo que o desentendimento passe a ser o ponto com necessidade de solução e não todos os outros que deram causas a esse mesmo desentendimento.
Esse tipo de ocorrência, esse mau exemplo, se alastra com facilidade se não for apresentada uma solução emergencial para, depois, se trabalhar a solução definitiva. Não é assim que se está fazendo, por exemplo, com o coronavírus?
Então, o coronavírus cearense é a rebelião da Polícia Militar local, que está tomando os quartéis e desafiando o Governo do Estado que quer responder apresentando mais problemas. O que os militares querem é, pelo menos, uma amostra da solução.
Os governadores não perceberam que os métodos de governar mudaram e precisam mudar com eles, para merecer o respeito dos próprios funcionários públicos do Estado. Eles entendem quando um dirigente está querendo a melhora não só dele, ou do seu grupo político ou dos seus apaninguados e protegidos.
Não mais adianta os dirigentes estaduais propagandearem as dificuldades. Eles são eleitos ou nomeados para apresentarem as soluções. Que deve ser no melhor entendimento da palavra, mostrando e dizendo como foi concebido e quanto irá consumir dos tributos que todos pagam.
Há um novo conceito para a relação entre o patrão e o empregado, entre o servidor e o dirigente. É preciso que os governadores se preparem para governar no sentido mais estrito da palavra, buscando o entendimento e a produtividade daqueles com os quais contam para resolver os problemas daqueles que financiam, com o pagamento de tributos, o custeio de um estado.
Basta olhar para o lado e ver o que está acontecendo quando um problema novo é apresentado e que atinge a todos de um mesmo grupo, seja esse grupo pequeno ou grande, seja um problema de fácil ou de difícil solução.
Não vale mais comparar uma eleição, seja qual for, com se fosse um concurso público. Os concursados, entre outras coisas, estudam para atender o que lhe será exigido no cargo que está disputando; os políticos, quando disputam um cargo público não querem saber quais as exigências que esse cargo de governador, prefeito, presidente, senador, deputado federal, deputado estadual ou de vereador, exige. Não se interessam e quando assumem, percebem, depois de cometer muitos erros, que não estão preparado para ocupar aquele cargo eletivo.
A sucessão de erros é escamoteada ou assumida por outros que são retirados da gestão, e o grande culpado pelo erro continua no cargo.
O eleitor, em última análise, acaba passado como responsável pela escolha que faz dos dirigentes, principalmente, governador de estado, prefeito de município e presidente da República. Isso precisa mudar, mesmo que seja devagar, mas precisa mudar de forma consistente.