Josiel Alcolumbre – Jornalista
DRT- 0000399/AP

Esta semana foi de tristeza e choro para muitos amazônidas que perderam familiares e amigos, como para aqueles que, mesmo de fora, não concordam com a situação da navegação fluvial na região que, sem qualquer dúvida, carece de atenção e compreensão para com aqueles que têm esse meio de transporte como possível para o seu ir e vir ordenado na Carta Magna.
Fui testemunha in loco do desespero dos parentes e de agentes públicos que, diante do fato consumado, buscam explicações para os motivos que, em pleno século XXI, ainda permitem que um povo tão importante para o país ainda se submeta às condições que já deveriam estar superadas.
Há de se encontrar uma forma para que seja criado um ambiente suficientemente seguro para a navegação fluvial na Amazônia, com a melhoria das embarcações, dos terminais de embarque de passageiros e carga, definição de rota e pontos de parada obrigatória, melhoria da comunicação com os locais de saída, de parada e chegada, tal como no transporte aéreo.
Atuar preventivamente no controle da navegação deve ser uma obrigação dos agentes públicos da União, do Estado e dos Municípios, tendo a mesma atenção que é dispensada para o transporte terrestre, que obriga o condutor do veículo e seu proprietário a cumprir normas preestabelecidas, além da revisão na unidade de transporte dentro de faixas previamente homologadas pelos órgãos de controle.
A distância que separa a navegação segura daquela que é praticada na Amazônia, nas áreas de direta administração dos órgãos federais, estaduais e municipais que estão na região administrada pelo Estado do Amapá, ainda está muito longe daquela desejada e manifestada, aos gritos, quando acontece um acidente fluvial com perda irreparável de vidas humanas.
Assumir o compromisso de procurar mudar o cenário atual é o mínimo que podemos fazer como agente público e militante político-econômico, nesta parte do Brasil que exige o empenho e atenção máxima de todos.