Rodolfo Juarez

Até domingo o mapa do Brasil apresentava o Estado do Amapá como não tendo casos suspeitos da COVID-19, uma variação do coronavírus que já trouxe para a população o SARS-CoV e MERS-CoV, já bem conhecidas pelos cientistas. Os vírus que provocam estas doenças chegaram aos humanos por contato com animais: gatos, no caso da Sars, e dromedários, no vírus Mers.
No caso desse novo coronavírus que provoca a COVID-19, ainda não se sabe como se deu a primeira transmissão para humanos. A suspeita é que tenha sido por algum animal silvestre. O tipo de animal e forma como a doença foi transmitida ainda são desconhecidos. Uma hipótese é que o novo vírus esteja associado a animais marinhos. Entretanto, ao menos duas pesquisas apontam outras possibilidades: uma delas cita a cobra e, outra, os morcegos.
O fato é que a doença se disseminou pelo mundo e já está nos cinco continentes e em mais de 100 países. Nas Américas as notícias vindas do norte são preocupantes. No Canadá e nos Estados Unidos o número de pessoas acometidas da COVID-19 se multiplica a cada dia. Na América do Sul o Brasil já apresenta mais de 120 casos confirmados e mais de mil suspeitos. No Amapá, na sexta-feira, dia 13 de março, foi anunciado o primeiro caso suspeito, uma mulher de 27 anos, vinda de um dos países asiáticos, foi diagnosticada como o primeiro caso suspeito no Estado do Amapá. No sábado, dia 14, outros 3 aumentaram a lista para 4.
Até agora nenhum caso foi confirmado. As autoridades municipais, do município de Macapá já tomaram as primeiras providências para o enfrentamento da situação, apresentando o protocolo de verificação e limitando os eventos com aglomeração de 100 pessoas ou mais.
São medidas que, em tempo de paz, soam extraordinárias para todos, mas essas medidas precisam ser respeitadas e ampliadas conforme a situação de cada família, considerando a composição – crianças e idosos –, estes merecendo mais cuidados devido à pré-existência de patologias que tornam as pessoas mais vulneráveis ao vírus e com menor capacidade de defesa, devido aos outros fármacos dos quais faz uso.
No consciente de todas as pessoas está a saudável prática democrática, com o efervescente e pujante costume de ir e vir dependendo apenas e exclusivamente da vontade de cada qual, mas, nesse momento especial, torna-se preferencial seguir a orientação que seja adequada para a vida em comunidade, abdicando, mesmo que suavemente, dos direitos individuais na parte que cabe a colaboração para o enfrentamento desta situação excepcional.
O momento é de cautela, mas sem indicativo de pânico. Nesse cenário dá, perfeitamente, para todos formarem um exército contra o vírus 2019-nCoV, atendendo as recomendações das autoridades da saúde e da vigilância sanitária, produzindo o desejado bem-comum, sem constrangimentos ou ausência de responsabilidade.
O Município de Macapá já está, desde domingo, dia 15, em estado de alerta epidemiológico, outra medida preventiva e necessária para o momento que já se mostra crítico em muitas pastes do mundo.