De repente o mundo apresenta para todos — e especialmente para os jovens brasileiros — um fato novo e que preocupa a todos, implicando no modo de ver o mundo e no comportamento das pessoas que precisam se reorganizar, pelo menos para praticar o que recomendam aqueles que, aparentemente, podem instruir a todos.
Quem diria que um país rico, como a Itália, chegasse a um ponto em que os seus dirigentes tivessem que optar por medidas tão radiais como aquelas só conhecidas nos ambientes desumanos das guerras?
Pois é, os dirigentes italianos não só ordenaram o fechamento das fronteiras, mas as outras portas — de residências ou de negócios — , com o objetivo de evitar, primeiro o contato com outras pessoas vindas de outros países, e depois, a aglomeração de pessoas nas ruas, praças ou qualquer lugar de ajuntamento de pessoas, inclusive para atender outras ou produzir.
O coronavírus, além de criar muitos problemas para nações, governos, riquezas e a vida em sociedade, ainda trouxe surpresas para todos aqueles que entendem que a saúde pode ser negligenciada, e os que precisam de cuidados podem esperar. Um engano que é demonstrado todos os dias, mas que não tem sido suficiente para dirigentes governamentais entenderem como prioridade o enfrentamento de problemas que tinham a responsabilidade de resolvê-los.
Infelizmente nesse momento tem muitos dirigentes públicos se escondendo da realidade e outros, também sem escrúpulos, aproveitando a situação para promoção pessoal, demonstrando não ter interesse em agir no sentido de cumprir o seu papel, tão somente.
As notícias vindas das bolsas de valores, apresentadas com ênfase e destaque, pouco entendidas pela maioria da população, preocupando aqueles que não produzem ou produzem muito pouco, e estão com suas riquezas aplicadas em bolsa de valores, engordando os seus estoques, mesmo sem nada produzir.
O sobe-desce das bolsas atordoa muitos ricos que botam e tiram dinheiro, próprio ou de terceiros, conforme a onda, protegidos por uma regra criada por eles mesmos, e que nunca foi não bem explicada para a maioria da população, especialmente aqueles que formam a parte ativa da economia que tem parte dos seus ativos como alimentadores da ganância dos aplicadores.
A economia brasileira, como de resto as economias de todos os países que permitem o funcionamento de bolsa de valores, está sendo afetada por uma pandemia, na classificação da Organização Mundial de Saúde (OMS). Nesse momento quem aplica nas bolsas está retirando o seu ativo destas mesmas bolsas e aplicando em outros “negócios” que acham mais seguros como, por exemplo, o dólar americano.
Aumentando a procura do dólar, aumenta o valor daquela moeda, diminuindo o valor das outras, inclusive o real, que na perda de valor deixa os brasileiros com menor poder aquisitivo, e os que tinham algum, pelo menos para comprar o “de comer”, veem diminuir a sua capacidade de compra.
Vê-se, por isso, que estamos diante de uma pandemia que implica não apenas na produção, mas na qualidade de vida das populações que, além de ter que se proteger do caos anunciado, ainda tem que ver a sua capacidade de viver diminuída e restringida, devolvendo a cada um os tempos que já imaginavam vencidos.
A situação é gravidade, revestida de surpresas, e precisa ser enfrentada com determinação e seriedade.