A tragédia deixou 34 passageiros mortos, 51 sobreviventes e um número ainda incerto de desaparecidos.
O Barco/Motor Anna Karoline III, que naufragou no dia 29 de fevereiro de2020 no sul do Amapá, tinha registro na Agência de Transportes Aquaviários (Antaq), para fazer a linha Santarém-Manaus. De porte médio tinha no registro oficial 38,25 metros de comprimento, 7,3 metros de largura e uma capacidade para receber até 242 passageiros, com uma capacidade para 89 toneladas. Com dois conveses, os dados de registros ainda indicam que a embarcação foi construída em 1965 e que precisava para navegar ser armado com 11 tripulantes.
Um mês depois do naufrágio, no dia 29 de março, domingo, foi retirado do fundo do rio depois de uma operação complexa que constou de um arrasto para a margem e, em seguida, ser içado.
Toda a operação se revestiu de uma complexidade extra devido a expectativa de serem encontradas pessoas que continuam constando na lista de desaparecidas, depois de um mês de espera. Até agora estão confirmados 34 mortos e 51 sobreviventes entre os passageiros. Devido a falta da lista de passageiros, não há certeza quantas pessoas continuam desaparecidas.
A um custo de dois milhões e quatrocentos mil, o Governo do Estado do Amapá contou com a autorização da Marinha do Brasil para todo o processo de flutuação da embarcação que teve a administração da Secretaria de Estado da Justiça e Segurança Pública do Amapá.
Segundo os dados apresentados no local a embarcação estava a 12 metros de profundidade e a mais de 400 metros da margem mais próxima do rio.
Segundo autoridades do Governo do Amapá, será interposta uma ação de ressarcimento contra a empresa detentora dos direitos de uso da embarcação, no sentido de ser reavisto o dinheiro gasto na operação total e não só a diretamente voltada para a flutuação da embarcação.
O B/M Ana Karoline III deixou o Porto do Grego, no município de Santana, às 18 horas de sexta-feira, dia 28 de fevereiro com destino a Santarém, no Estado do Pará, em uma viagem programada para ser realizada em 36 horas. A viagem acabou sendo interrompida às 5 horas da manhã de sábado, próximo à Ilha dos Aruãs e à Reserva Extrativista do Rio Cajari, com o naufrágio cujas causas ainda dependem da resposta dos peritos.