O dia 1.º de maio como Dia do Trabalhador este ano não terá as concentrações de trabalhadores e as reivindicações como noutros tempos. Nesse tempo da covid-19 os dirigentes públicos resolveram decretar o isolamento social e proibir a concentração de pessoas em qualquer ponto da cidade, no caso dos prefeitos, e em qualquer ponto do Estado, no caso do governador. Será um 1.º de maio diferente.

RESTAM AS REDES SOCIAIS
Neste caso restam as redes sociais para as manifestações individuais ou de grupos organizados, requerendo direitos e melhorias de recompensa para aqueles que detêm o Poder no Brasil. O presidente da República, os governadores, os prefeitos e os grandes empresários estarão sendo questionados pela situação por qual passa o país que está deixando muitos sem as condições mínimas para sobrevivência.

QUANDO COMEÇOU
A menção ao dia 1º de maio no Brasil, como Dia do Trabalho ou do Trabalhador, começou na década de 1890, quando a República já estava instituída e começava um processo acentuado do desenvolvimento da indústria brasileira. Nas duas primeiras décadas do século XX, começaram a se formar os movimentos de trabalhadores organizados, sobretudo em São Paulo e no Rio de Janeiro. Entre esses movimentos, também figuravam ideologias como o anarcossindicalismo, de matriz italiana, e o comunismo.

ANTECEDENTES
Em 1917, a cidade de São Paulo protagonizou uma das maiores greves já registradas. A força que o movimento dos trabalhadores adquiriu era tamanha que, em 1924, o então presidente Arthur Bernardes acatou a sugestão que já ventilava em várias partes do mundo de reservar o dia 1º de maio como Dia do Trabalho no Brasil. Dessa forma, desde esse ano o 1º de maio passou a ser feriado nacional. Na época do Estado Novo varguista, a data era deliberadamente usada para eventos de autopromoção do governo, com festas para os trabalhadores e muitos discursos demagógicos.

O DECRETO DE ARTHUR BERNARDES
Por aqui existem relatos de que a data é comemorada desde o ano de 1895. Porém, foi somente em 26 de setembro de 1924 que esta data tornou-se oficial, após a criação do decreto nº 4.859 do então presidente Arthur da Silva Bernardes. Neste decreto, Arthur Bernardes estabeleceu a data como feriado nacional, que deveria ser destinado à comemoração dos mártires do trabalho e confraternização das classes operárias.

FATOS IMPORTANTES
Em 1º de maio de 1940, o presidente Getúlio Vargas instituiu o salário mínimo. Este deveria suprir as necessidades básicas de uma família (moradia, alimentação, saúde, vestuário, educação e lazer). Em 1º de maio de 1941 foi criada a Justiça do Trabalho, destinada a resolver questões judiciais relacionadas, especificamente, as relações de trabalho e aos direitos dos trabalhadores. O certo é que um bom trabalho inspira sensação de vitória e reconhecimento.