Toda vez que somos desafiados a enfrentar um problema, a primeira providência é laçar mão dos meios conhecidos para equacioná-lo e resolvê-lo. Mesmo nessas circunstâncias, a primeira providência é equacionar. Não é resolver!
Quando se tem um problema para resolver e não se conhece a fórmula e a estratégia para encontrá-la, o racional é que se estabeleça uma linha lógica para elaborar a fórmula para aplicá-la na solução do problema. É o lógico!
Agora, quando não se dispões da fórmula e nem do conhecimento para elaborá-la não adianta dar nada como definitivo, senão os resultados serão desastrosos e o cenário fica cada vez mais complicado, não admitindo tentativas. É o racional!
O novo coronavírus se trouxe alguma situação conhecida, além da agressividade da covid-19, está toda concentrada no vocábulo “novo” e na exata forma definida nos mais simples dos dicionários.
O novo coronavírus foi o desafio do século para os gestores públicos de todo o mundo. Que sendo oportunistas, viram na primeira hora uma oportunidade de se mostrar para a população e angariar créditos políticos futuros para a próxima eleição.
Irresponsáveis, cada um saiu com uma regra preventiva e salvadora, para enfrentar o que foi definido como “maior inimigo”. Os governantes brasileiros mostraram, cada um, sua credencial e começou o maior quebra-pau.
Quebra-pau aí no sentido de briga virtual, cada um no seu púlpito, sentado ou de pé, completamente despido do que entendem por respeito, hierarquia e compromisso com a população que passou a ser usada como massa de manobra, mais uma vez.
Quando espocou a bolha e se definiu a questão como um problema de saúde, se passou a ouvir as orientações de outra fonte, tida como boa e oficial, mas também despreparada e oportunista – o representante da Organização Mundial da Saúde (OMS).
Não sabia de nada. Sabia só que estava ali pelos conchavos políticos e demorou em declarar que o assunto era de pandemia, quando mais de 100 países se debatiam para salvar o que pudessem, inclusive o Brasil.
Aí os governadores fizeram carta de apoio, carta de repúdio, desentenderam-se sobre o comportamento, e voltaram para o lugar comum – declarar dificuldades e dizer que precisavam de dinheiro da União para fazer alguma coisa.
Afinal, o que é um governar?
Segundo o dicionário da Língua Portuguesa, governar é exercer o governo, ser responsável pela administração dos vários setores de um Estado, de um país, ou de uma organização; administrar, gerir, dominar, imperar, conduzir, dirigir, pilotar.
Não tem nenhuma referência em pedir dinheiro da União para fazer o que deve ser feito por obrigação funcional, para honrar o cargo que recebeu da maioria de uma população que confiou no dia da escolha.
Mão é isso que quer. Quer gastar e gastar sem regra a seguir!
A primeira providência que toma, antes mesmo de lavar a boca quando acorda, é orientar para que seja feito um decreto, com a máxima urgência, para assinar e publicar, tendo o decreto nas suas permissividades, aceitar, permitir ou tolerar o que, normalmente, em outros documentos públicos não seria tolerado, permitido ou aceito.
Abre-se a porta para superfaturamento, entre outros tipos de ilícitos, nas compras com dinheiro público e, de preferência aquele que vem da União porque o que já está na caixa do Tesouro do Estado, ou já está destinado, ou já foi gasto com o tacho ficando totalmente raspado.
E o vírus? Bem, desse salve-se quem puder!
Povo sem trabalho fica sem dinheiro e a ajuda oficial vem pelo banco. Para receber tem que ter e saber operação avançada para baixar o aplicativo, tem que ir ao caixa do banco para receber. Isso sem aglomeração – como se fosse possível –, pois o “dono” do Tesouro Nacional não confia em entregar o dinheiro para o “dono” do Tesouro Estadual (???).