A data das provas ainda vai depender de uma pesquisa entre os estudantes que já estavam inscritos.
Anunciado na quarta-feira, dia 20, o adiamento do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) repercutiu positivamente entre os senadores, que se manifestaram pelas redes sociais. O calendário original do Enem previa a aplicação dos exames nos dias 11 e 18 de outubro (provas por meio digital) e nos dias 1º e 8 de novembro (provas por meio impresso).
Segundo nota conjunta do Ministério da Educação e do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), as novas datas serão definidas em enquete a ser realizada em junho.
O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, destacou a importância da medida, principalmente para os estudantes da rede pública. Ele chamou a atenção para o projeto de lei que determina a suspensão das provas do Enem devido à pandemia de coronavírus. O texto foi aprovado pelos senadores na terça-feira.
“Após o Senado ter aprovado projeto para o adiamento do Enem, o Ministério da Educação confirmou que as provas acontecerão em novas datas, com previsão de 30 a 60 dias após divulgado em edital”, observou Davi no Twitter.
Antes da decisão anunciada na quarta-feira, o Ministério da Educação vinha se recusando a adiar o Enem.

Protagonismo
O anúncio do adiamento é uma tentativa do governo de tirar do Congresso o protagonismo de uma ação favorável aos estudantes.
O relator do projeto, senador Izalci Lucas (PSDB-DF), usou as redes sociais para comemorar a “excelente notícia para nossos estudantes”, sublinhando que “milhares pelo Brasil estão com o ano letivo comprometido”.
Outros senadores usaram as redes sociais para saudar a medida, alegando que foi feito justiça aos jovens que sonham com o ensino superior. Na opinião dos senadores a luta é para que todos tenham oportunidade.
Segundo o Inep, mais de 3,5 milhões de candidatos já se inscreveram para o Enem 2020. As inscrições para o exame seguem abertas até 22 de maio.