Rodolfo Juarez
O tradicional mês das férias está encerrando nesta sexta-feira, dia 31 de julho. Este ano está se caracterizando pelo cancelamento dos grandes eventos que são “propriedades” do povo.
O Macapá Verão, que é um desses eventos, foi escolhido pela gestão do atual prefeito de Macapá para ser uma das marcas da sua administração, ficou no silencia. Sempre uma época agitada, com muita gente falando alto, correndo de um lado para o outro ou simplesmente se protegendo do sol escaldante, próprio do Equador Macapaense.
Neste verão das férias tudo foi muito diferente. Uma diferença que deixa as suas sequelas, principalmente para os negócios dos pequenos empreendedores que esperam esse período para garantir melhoria na sua qualidade de vida, morando em Macapá ou Distrito da Fazendinha.
Os negócios foram fracos pela ausência dos frequentadores, obedientes que foram às autoridades que recomendaram, para o período, que ficassem em casa, e evitassem aglomerações, mantendo o isolamento social.
Seria o último trabalho no Macapá Verão do atual prefeito de Macapá, que sempre apoiou o evento dando condições, dentro dos limites do Tesouro do município, para que os locais fossem minimamente atraentes e que pudessem dar um mínimo de conforto, especialmente para as famílias mais pobres que sempre estão dispostas a viver aquele que é o maior evento do verão, ou período sem chuva, em todo o município de Macapá.
Nesse tempo também é muito movimentado o Curiaú, com suas comidas típicas e banho bem perto. Este ano também não tem, como não acontecem para os veraneios do Lontra, de São Joaquim, do Curicaca e de outras terras de particulares aproveitadas para atrair os visitantes, como nas regiões de lagos acessadas a partir da BR-156.
É o grande desafio para compreender o momento!
Não adianta rebelar-se, arriscar-se ou ignorar a realidade. Desta feita o vírus invisivel não permitiu também o divertimento da população. Está obrigando aos precavidos que fiquem em casa, experimentando um Macapá Verão diferente, que exige muito cuidado, no mínimo redobrado, para que não desafie o agressor que já levou tanta gente para a sepultura.
Podemos dizer que estamos no momento mais delicado de todo o processo. Sair do alcance do novo coronavírus é o principal objetivo de cada um. Portanto desafiá-lo e arriscar o poder de ataque que tem o vírus não é indicado para ninguém.
O sol está aí. Nasce, como sempre, para todos. Não deixe que um exagero ou descuido dê oportunidade para receber um ataque, na maioria das vezes sem perceber qualquer coisa diferente.
Não resta qualquer dúvida que o preço que a população está pagando é muito alto. Não é exagero de ninguém quando algum de nós fica sem saber o que fazer e entediado, querendo “sabe-se lá o quê”.
Mas é preciso ter paciência, compreender o que está acontecendo, entender a lógica desse tempo e proteger-se sempre das armadilhas que estão espalhadas pelo nosso caminho, pronto para nos prender e, não adianta duvidar, pode nos reter definitivamente.
Assim é esse tempo. Claro que não o escolhemos para viver, mas temos que vivê-lo sem perder a linha e a fé.