As eleições ocorridas no domingo em 15 dos 16 municípios do Estado foram tranquilas e sem grandes surpresas nos resultados, muito embora os partidos de esquerda tenham que procurar outro discurso para recuperar a confiança do eleitor.
Os partidos de centro acabaram por impor, mesmo com histórico não tão distante de resultados diferentes, derrota sem precedentes confirmando que a chamada “velha política” está mais ao lado dos partidos considerados de esquerda do que aqueles considerados de centro ou de direita.
Sem a eleição em Macapá – único município brasileiro que ficou esperando a definição de uma nova data para a realização do pleito –, o eleitor macapaense ainda espera pela definição da data para escolher um prefeito que terá curtíssimo tempo para transição e início da tarefa de governar o município onde está a Capital do Estado e mais da metade da população.
O Partido dos Trabalhadores, tão atraente a menos de 10 anos, vai perdendo os seus postos avançados que ainda perduravam e perdendo para adversários indesejados para o partido.
Aqui no Amapá, o PSB que já preponderou em diversos momentos da política local, teve problema para escolher candidatos competitivos, de prestígio nos limites dos diversos municípios amapaenses.
O PDT ainda marca presença considerável na disputa eleitoral, provavelmente depois do resultado, considerado espetacular, quando em um ambiente desfavorável, elegeu, há dois anos, o governador do Estado, mesmo seus líderes enfrentando dificuldades nas avaliações de satisfação quando o eleitor tem oportunidade de avaliar a atividade política dos representantes do partido.
O eleitor, através das eleições municipais, está mandando recados para aqueles que se acostumaram a receber, deste eleitor, votos suficientes para eleger candidatos aos mais diferentes cargos.
A história destas eleições parceladas pode não considerar ponto importante o parcelamento, mas certamente pode registrar mudança radical de rumo que o eleitor deu à política que se vem praticando no Estado.