Rodolfo Juarez

Agora a decisão está com o eleitor. Domingo, dia 6 de dezembro, depois de um adiamento, por conta da pandemia, e de uma suspensão por conta de um apagão e falta de segurança, os eleitores do município de Macapá, o maior colégio eleitoral do Estado, mais de 292 mil eleitores, que estão aptos a votar nas eleições de 2020, estão sendo convocados, por toda a sociedade, para exercer o mais simbólico exercício dos exercícios democráticos, pelo voto unitário e universal escolher dirigentes e representantes.
O primeiro prefeito eleito foi Raimundo Azevedo Costa, pelo MDB, que administrou Macapá de 1986 a 1988, um mandato de 3 anos, para alinhar com as demais eleições no Brasil, sendo de certa forma, o único mandato de 3 anos nestes 35 anos de eleições para prefeito no Amapá. Antes de 1986 os prefeitos de Macapá eram nomeados pelo governador do Território Federal de Amapá.
De lá para cá foram eleitos: Capi (1989 a 1992), Papaleo (1993 a 1996), Barcellos (1997 a 2000), João Henrique (2001 a 2005), reeleito para o segundo mandato (2005 a 2008), Roberto Góes (2009 a 2012), Clécio (2013 a 2015), reeleito para o segundo mandato (2015 a 2020. Até a eleição de Annibal Barcellos não era permitida a reeleição, apenas a partir da eleição de João Henrique, que passou a ser permitida a reeleição.
O atual prefeito, Clécio Luis, que está completando o segundo mandato, foi uma revelação no modo de administrar, soube fazer alianças importantes, especialmente no segundo mandato, quando já na Rede (antes era do Psol) formou uma aliança forte com o DEM e conseguiu manter uma administração equilibrada que possibilitou avanço significativo nos setores da saúde e da educação.
Na eleição de 2012, Clécio disputou como filiado do Psol e o seu principal adversário foi Roberto Góes, que estava no cargo. No primeiro turno Clécio foi o segundo colocado (56.947 votos). Roberto Góes (PDT) foi o primeiro (82,039 votos). A virada veio no segundo turno quando Clécio Luis ficou na frente e se elegeu prefeito de Macapá com 101.261 votos (50,59%) e Roberto Góes, 98.893 votos (49,41%).
Para o segundo mandato, em 2016, o adversário do então prefeito Clécio Luis, que tentava a reeleição, o adversário foi Gilvam Borges (MDB). No primeiro turno 95.129 votos, contra 56.256 votos dados a Gilvam Borges (44,59% x 26,37%). No segundo turno o resultado foi 123.808 votos para Clécio Luis, contra 80.840 votos para Gilvam Borges (60,50% x 29,50%).
Agora, em 2020, 10 candidatos disputam os votos dos eleitores. O candidato Josiel Alcolumbre, filiado ao DEM, que conseguiu juntar 12 partidos em uma coligação forte, aparece como favorito para vencer o pleito.
No primeiro turno, considerando as pesquisas registradas no Tribunal Regional Eleitoral, 4 dos dez candidatos são favoritos, uns mais outros menos, no primeiro de votação: Josiel (DEM), Patrícia (PODEMOS), Furlan (CIDADANIA) e Capi (PSB). Dois dos deles, os mais votados, irão para a disputa final.
A justificativa para o favoritismo de Josiel (DEM) está apoiada nos apoios do prefeito Clécio que teve que sair do partido Rede Sustentabilidade e ficar sem partido para apoiar Josiel; apoio do Governador Waldez Góes (PDT), que mesmo não sendo bem avaliado no momento tem condições de se recuperar na avaliação para os dois seguintes anos de mandato. Além de outras lideranças importantes ligadas ao PSC, PL, PV, PSDB, PPS, SOLIDARIEDADE, PROS, AVANTE, REPUBLICANOS E PP que forma a coligação “Macapá em Primeiro Lugar”.