Josiel Alcolumbre

Estamos nos despedindo do ano de 2020 que tem largas chances de ser considerado um dos anos mais difíceis experimentado por todas as gerações. Pandemia, apagão, racionamento, mortes prematuras e tantas outras palavras que entraram para o vocabulário da população deixando-a apavorada e sem saber o que fazer.
Mesmo assim o espírito guerreiro do homem da Amazônia foi a motivação que profissionais, de quase todas as profissões se dispuseram à luta, mesmo com limitações impostas pelo meio, foram ao enfrentamento, com as mais diversas armas, aos inimigos invisíveis.
Do lado esquerdo do Rio Amazonas, o Estado do Amapá bem que poderia ter se preservado mais e melhor, se defendido do ataque e evitado tantos lamentos que lhe foram impostos e ao seu povo.
Mas parece que não houve tempo para esse enfrentamento mais de igual para igual, em um ambiente onde a desigualdade predominou em vários pontos do Estado, até mesmo onde se concentra a maioria da população – a Capital.
Vi e acompanhei medidas tomadas pelas autoridades que queriam apenas encontrar uma forma de contribuir no enfrentamento das dificuldades provocadas pelo agente direto da pandemia. O extremo esforço foi incapaz de se mostrar eficiente na defesa da população. Não evitou o sofrimento de tantas famílias.
As pessoas que tombaram agarrando-se nos meios invisíveis entraram para uma estatística cruel, que fez todos nós sofrermos com as perdas irreparáveis. Perdas que provocaram e continuam provocando profunda agonia a todos e que interpretam como castigo para os que ficaram.
Vencer esse inimigo de todos é a meta de todos, homens e mulheres, pesquisadores e cientistas que ainda não têm a esperada resposta para as perguntas do povo que vê o ano acabar cansado de tanto sofrimento.