Josiel Alcolumbre
É flagrante a forma como a população está encarando as ordens dadas, via decretos, à população pelo prefeito de Macapá.
Ninguém cumpre nada, todos acreditam em nada do que mandado fazer!
Se quiser tirar a prova desse comportamento basta ir aos pontos que antes da pandemia tinham a maior concentração de pessoas nos espaços públicos. Agora, depois da posse do novo prefeito de Macapá, a concentração volta com maior aglomeração do que há um ano.
Se você perguntar o motivo de uma daquelas pessoas estar contribuindo para o que está proibido pelo decreto do prefeito, ela certamente responderá afirmando que está ali porque, ou não votou no atual prefeito ou não está disposto a cumprir as ordens de quem não conhece a administração municipal.
Esse comportamento se espalha pelos apoiadores do prefeito que, ao que parece, não está disposto a cumprir as ordens da atual gestão, pois sabem que, naquele exato momento, o prefeito está em aglomeração e sem máscara, curtindo comemoração pela vitória na eleição, em uma das casas de um dos seus fiéis financiadores de campanha: um forte empresário regional.
Aliás, que essa comemoração, além do espaço na residência do empresário (bastante amplo), mas que ainda foi preciso colocar tendas no quintal para receber os convidados, ao som de música ao vivo.
Enquanto isso, os trabalhadores da noite, todos eles, pequenos empresários, empregados e trabalhadores avulsos, são obrigados a estar em casa a partir das 21 horas porque tudo tem que estar fechado às 22 horas.
São essas incoerências que começam a ser repetidas e aborrecendo os munícipes, mesmo estando a atual gestão querendo parecer que entende do “riscado” e dando “barrigadas” sempre que toma uma decisão.
O povo macapaense fica olhando para os outros municípios, especialmente os vizinhos, fazendo as suas comparações e percebendo que a gestão do município de Macapá está ficando para trás, inclusive na área de saúde que foi referência em vários slogans do prefeito como, por exemplo, aquele que afirmava que “de saúde eu entendo”.
Devia estar se referindo à saúde dos ricos, dos quais recebe polpudos pagamentos por receituário, especialmente aqueles que definem operação cardíaca. Quanto à saúde dos pobres o slogan que se ajusta ao comportamento poderia ser: “eles que se virem”.