Rodolfo Juarez

Macapá é uma cidade com mais de 500 mil habitantes.
É uma daquelas cidades brasileiras que tem um crescimento populacional considerado muito alto e que provoca um dos maiores acréscimos no total da população, quando comparado com outras cidades brasileiras, ficando bem perto de um incremento de 15 mil pessoas, por ano, no total da população.
Nenhuma administração avança se não levar em consideração esse fato. Afinal, são 60 mil pessoas a mais em um mandato.
Também não dá para tentar gerenciar os interesses dos pagadores de tributo – a população –, se a proposta de gestão não for desenvolvida considerando um planejamento que oriente na expansão da cidade.
São nessas áreas de expansão que são definidas as ocupações, seja para moradores, seja para atividade econômica, desde o comércio tradicional, inclusive de alimentos, até aqueles que induzem o desenvolvimento do bairro, com escolas, unidades de saúde, unidades de segurança, entre outras atividades que são de iniciativa do poder público municipal.
O primeiro ano dos novos gestores é para conhecer a máquina administrativa atual. A partir desse primeiro ano é que esses gestores vão conseguir dar a sua “cara” para a administração, conhecendo os entraves que vão precisar resolver o quanto antes, liberando o fluxo para a gestão.
Para este ano, além de todas as obrigações e os focos na promessa, a atual administração vai utilizar o Orçamento Anual elaborado e feito aprovar pela gestão que saiu.
O gestor que inicia a sua administração, sem ter o seu próprio rumo, tem maior facilidade para encontrar erros eventualmente cometidos por aqueles que deixaram o mandato.
É um erro. Mas é assim que acontece!
Também no primeiro ano de gestão, a administração da Prefeitura lida com o último ano do PPA elaborado e aprovado no segundo ano do mandato anterior, ou seja, em 2018. Esse plano é, na maioria das vezes e em quase todas as prefeituras dos municípios do Estado do Amapá, uma lista de vontades, levantadas na audiência pública com a comunidade e que é transformada em programas e projetos da administração municipal e tem se mostrado pouco eficiente por falta de gerência.
Os prefeitos não dão prioridade para esse projeto, muito embora seja o projeto que está mais perto da expectativa da população.
As notícias no final de 2020 davam conta de que o valor orçamentário executado passou de um bilhão de reais em Macapá. O orçamento deste ano de 2021 tem o valor um pouco maior do que R$ 1,2 bilhão. É com esse valor que o prefeito que tomou posse no dia 1.º de janeiro de 2021 vai dispor para transformar em realização o que consta no Orçamento do Município de Macapá para 2021.
Se não considerar essa base, terá dificuldade para cumprir a Lei de Responsabilidade Fiscal, pois o funcionário do município de Macapá está esperando uma oportunidade para alinhar o salário e melhorar os vencimentos. Essa equação, muito bem apresentada pelos servidores, é muito difícil de ser resolvida pela Administração Municipal.