Josiel Alcolumbre

O município de Macapá, com mais de 512 mil habitantes e um orçamento público municipal superando R$ 1,2 bilhões, produz um orçamento per capta em torno de R$ 2.300,00 por habitante do município/ano, ou R$ 195,00 por habitante/mês. Estado do Amapá dispõe, no orçamento de 2021 – fiscal, da previdência e das empresas públicas –, o equivalente a R$ 6,33 bilhões, ou R$ 613,00 por habitante/mês.
Esses números indicam duas questões principais: uma de que o orçamento público de quaisquer dos municípios é insuficiente para resolver as demandas sociais; e a outra é de que, tanto o Estado e os municípios precisam dispor de recursos extraorçamentários para viabilizar as administrações.
Quanto mais populoso o município, mais difícil para administração atender às necessidades da população.
Isso indica que a gestão do município de Macapá exige cooperação com a administração estadual e a administração federal, essa só alcançada através da bancada que precisa conhecer, pelo menos, uma diretriz para a gestão municipal voltada especificamente para a elaboração de projetos que permitam investimentos na infraestrutura das sedes municipais e na infraestrutura que possibilita a comunicação econômica e social entre os polos de desenvolvimento e de concentração de pessoas.
A bancada federal já compreendeu essas necessidades e o resultado foram os recursos extras vindos para o Governo do Estado, o município de Macapá e outros municípios do Estado, principalmente no exercício de 2019 e 2020.
Já é tempo da bancada formada pelos deputados estaduais e a bancada formada pelos vereadores também movimentarem-se para suprir as necessidades da população.
Para facilitar o direcionamento de recursos, os deputados estaduais e os vereadores precisam de uma diretriz que indique as necessidades de agora e de um futuro próximo e que constem de um programa de médio prazo, aprovado por todos, e que possam equalizar as questões e contar com os esforços de cada senador, cada deputado federal, cada deputado estadual e de cada vereador para interceder, conforme o seu raio de atuação, com os mandatários municipais, estaduais e federais, conforme o interesse da população.
Essa ação é necessária, mesmo que tenha que mudar o comportamento político. A população precisa ver o que está sendo feito e quem está fazendo.