Rodolfo Juarez

Ontem, dia 4 de fevereiro de 2021, a cidade de Macapá completou 263 anos. Despertando sentimentos saudosistas, atuais e futuros, afinal, a cidade de Macapá tem um segredo que cativa, o ambiente que atrai e uma característica especial com a capacidade de conquistar o interesse de sua população.
Já está longe, no calendário e na lembrança, o dia 4 de fevereiro de 1758 quando a cidade recebeu, em um batismo especial, o nome de Macapá, consumado com a água mais benta de todas – a do rio Amazonas.
Afinal já se passaram 263 desde o recebimento da certidão de batismo, dando a todos a certeza que, naquele dia, o desenho de tempos futuros indicava ambiente tranquilo e festivo para todos os habitantes dispusesse de qualidade de vida progressivo e melhor.
A população da cidade de Macapá, desde o começo, queria um sítio urbano organizado, adequado ao meio ambiente geográfico disponível, mantendo a qualidade de vida, a despeito do crescimento numeral da população e, quem sabe, acompanhar o desenvolvimento urbano que acontecia do lado do grande rio e, quem sabe, ser comparada às outras cidades que ganhavam importância nacional.
Nesse ponto desculpar-se é necessário.
A população macapaense de então conheceu estripulias inusitadas antes de se tornar capital do Amapá e, mesmo, quando capital, alguns não honraram o que teria sido dito no dia do batismo e o que foi escrito na certidão de nascimento.
Em 1943, quando o presidente da República do Brasil escolheu para capital do Território do Amapá a cidade de Amapá, justificando que o desenvolvimento da região, especialmente da capital do Território recém-criado, seria mais rápido.
Deu trabalho para convencer os que governavam o Brasil daquele que você era a a cidade mais viável noiva mais bela e preparada para aquele casamento. Quando você mostrou sua beleza, seu ambiente, sua posição geográfica, Janary Nunes, primeiro para ser a capital do então Território Federal. O presidente Getúlio Vargas foi convencido pelas evidências e informações apresentadas por Elieser Levi, então prefeito da cidade de Macapá.
Durante a República Nova, que durou de 1946 a 1964, Macapá foi administrada por 14 diferentes prefeitos, todos nomeados, e durante o governo militar, de 1964 a 1985, foram outros 16 prefeitos nomeados, até que, em 1.º de janeiro de 1986, começou a série de prefeitos escolhidos pelo eleitor macapaense. Raimundo Azevedo Costa foi o primeiro, em 1986, depois João Alberto Rodrigues Capiberibe, Papaléo Paes, Annibal Barcellos, João Henrique Pimentel (por dois mandatos), Roberto Góes, Clécio Luis (dois mandatos) que deixou a prefeitura em 31 de dezembro de 2020, entregando a faixa para o atual prefeito Antônio Furlan.
Ontem foram completados os 263 anos de Macapá que já registra mais de 512 mil habitantes, uma cidade com muitos problemas, que precisam de atenção e ação dos dirigentes da Prefeitura e do Governo do Estado como: mobilidade urbana, tratamento de esgoto, entrega de água tratada para 100% da população, infraestrutura viária, serviços de educação e saúde precários e, mesmo com um orçamento público que ultrapassa 1,2 bilhão para o ano de 2021, a melhoria permanece distante.
O apagão de novembro e os problemas com a distribuição de energia elétrica aumentam a desconfiança da população na capacidade dos problemas urbanos dessas ordens serem resolvidos em curto prazo.
É preciso, que nessa década que começa, onde o trabalho deve no centro das atividades urbanas para que os resultados sejam para trazer à realidade e entregar à população as condições de melhor qualidade de vida.