Josiel Alcolumbre

O Democratas, primeiro partido a retirar “partido” do nome e “P” da sigla, que representa perfeitamente o que é um partido político na mais tradicional definição do que é um partido com caráter associativo: uma organização de forças de uma comunidade em forma de corpo.
Mesmo em um ambiente de uma democracia moderna, o corpo de cidadãos elegíveis permanece com o poder soberano, mas o poder político é exercido indiretamente por meio de representantes eleitos, o que é chamado de democracia representativa.
A principal característica da democracia moderna é a liberdade que tem a maioria dos cidadãos de eleger os representantes da população para, em nome de todos, exercerem a melhor representação garantindo os direitos das minorias.
Na eleição do ano passado foram eleitos o prefeito, a vice-prefeita e os vereadores para, na Prefeitura e na Câmara, representarem as vontades da população e garantir o direito dessa representação para as minorias.
O respeito ao princípio democrático da representação de todos é avaliado durante os respectivos mandatos de quatro anos, outro importante princípio democrático.
As eleições de 2020 deram oportunidade aos eleitores para escolher o que melhor prometera fazer concretizar o que está previsto no princípio da democracia representativa: “o exercício do poder político pela população eleitoral feita de maneira indireta, mas através de seus representantes, por si designados, com mandato para atuar em seu nome e por sua autoridade, isto é, legitimados pela soberania popular”.
Apenas nestes 54 dias, a atual gestão do prefeito municipal de Macapá já demonstrou que não está disposto a não seguir o princípio da democracia representativa, não fazendo o que prometera para os eleitores, exercendo o cargo conforme a delegação que recebera e que não ia ignorar durante a gestão: um representante da vontade da população.
A decisão de paralisar duas obras importantes do setor saúde, a Policlínica de Macapá Dr. Papaleo Paes, no Bairro São Lázaro, e a UBS do Infraero II, é o recado que o prefeito de Macapá está dando à população com tendência de que vai exercer um mandato utilizando-se de princípios antidemocráticos, renegando a população e negando o que prometera durante a campanha eleitoral.
Uma perfeita imagem do “lobo” em pele de “cordeiro”.