Josiel Alcolumbre

Os reflexos da segunda onda da Covid-19, que atingiu com mais impiedade as cidades mais populosas do Brasil, foi o custo da pouca atenção da população dessas cidades para com as recomendações que foram feitas e continuam sendo feitas e não seguidas por muitos.
A insistência em ter o carnaval, nem que fosse particular, de ir às praias como era feito todo ano, descer a serra – como falam os paulistas –, como também em participar dos bailes funks, de tantos outros tipos de aglomeração, permitiu uma contaminação que, esta semana contribuiu para mais de 3 mil mortes em vinte e quatro horas.
Os números mais recentes abalaram grande parte da sociedade brasileira que, neste momento, vê parentes e amigos serem mortos pelo ataque do vírus.
Outro ponto que precisa ser considerado e revisto é o caso das superlotações nos transportes coletivos. O problema sério e que não pôde ser domado pelas autoridades, principalmente nas grandes cidades, onde metrôs, trens e ônibus funcionam com tanta gente dentro dos coletivos que todos percebem e concluem que ali se constituiu uma das maiores linhas de transmissão da doença.
Ainda tem os “bacanas” que imaginam que são imunes e fazem as festas e os encontros sem qualquer limite, sem nenhuma regra para os participantes e onde tudo funciona como se fosse um desafio ao vírus. Aglomerados e sem máscara.
Tudo isso e com grande parcela de influenciadores da televisão, onde programas, principalmente noticiosos, se concentraram tão somente em noticiar as questões ligadas ao coronavírus, transformando o momento de muitos cuidados em um momento de desrespeito àqueles que ainda assistem esses noticiosos.
O Estado do Amapá e, principalmente as duas cidades mais populosas do estado, têm essas populações influenciadas e se apresentam resultados jamais imaginados.
Os hospitais cheios e as outras unidades hospitalares sendo adaptadas não garantem a recuperação da saúde das pessoas e ainda tem a questão da politização de tudo o que se faz ou deixa de fazer. Até a vacina e tudo que diz respeito a ela, está politizada.